‘Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.’ (Eclesiastes 3,11)
Quer uma ótima explicação para o medo que o ser humano tem da morte? Ou para o fato de praticamente todas as religiões do mundo tratarem do assunto morte? Ou para a curiosidade do homem sobre a eternidade? Ou até mesmo para o fascínio que a ciência tem pela vida? Eis aí: o homem tem em si a semente da eternidade, em seu coração.
Com isso o homem sabe, embora nem sempre admita, que esta realidade invisível e presente não é a única, nem a última, nem o fim em si mesma. Mais ainda, tendo Deus feito tudo no seu devido tempo, o homem como apressadinho natural que é, quer furar a fila do tempo para entender aquilo que não lhe é permitido entender. E o fato de saber da eternidade de alguma forma, faz do homem um insatisfeito.
A grande virada acontece com Jesus. A partir da ressurreição do Senhor, a eternidade passa a fazer sentido, porque Ele nos dá um novo e vivo caminho, uma perspectiva inédita de visão do futuro após esta realidade, e principalmente uma esperança e uma certeza em algo que nem de longe se compara com tudo que conhecemos. No final da história, vamos cair no ponto de sempre: Deus sabe tudo e pode tudo; nós somos o que sobra. E ainda assim Ele nos ama, nos recebe, nos regenera, nos acolhe, nos dá novas oportunidades, e nos faz sentir bem.
Vida com Deus é isso: talvez não tenha todas as respostas, mas tem todas as certezas. Não tem todas as explicações, mas tudo faz sentido. Não sabe por onde vai passar, mas sabe onde vai terminar. Não sabe porque, mas tem promessas. Não é maravilhoso? Se teu coração está inquieto com a morte, ou com a vida, entenda que a eternidade é algo que Deus colocou no seu coração; não é natural. Só que isso foi feito para nosso benefício. Agradeço a Ele por isso. ‘Pai, obrigado pelo senso de eternidade. A morte é a sombra do último inimigo, já derrotado‘.