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Especial de Natal | O verbo se fez carne

O Natal é um tempo de esperança, de renovação, de celebrar o amor que se fez carne e habitou entre nós. Nesta época, nosso olhar se volta para a singeleza da casa de Nazaré, para a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Dentre essas figuras essenciais na história da salvação, a de São José, o homem do silêncio, da humildade e da coragem, oferece uma profunda reflexão sobre a paternidade, a fidelidade e os planos de Deus para a família.

O silêncio de um homem justo e a inversão dos planos

São José, um homem justo, tinha seus próprios planos e sonhos. Como judeu, a descendência numerosa era um sinal de bênção. Ele projetou sua vida, mas, como nos ensina o Padre Sidney Dias, tudo o que ele sonhou foi invertido nos planos de Deus.
“O que aconteceu foi o contrário daquilo que José pensou. Meus irmãos, na nossa vida, muitas vezes é assim, nós preparamos planos, nós sonhamos no início de um novo ano, nós fazemos projetos, metas e, no final daquele ano, percebemos que tudo o que projetamos, tudo aquilo que nós sonhamos, Deus inverteu a situação e colocou outros planos na nossa vida.”

A figura de José nos ensina a lidar com aquilo que sai do nosso controle. Sua
fidelidade e seu silêncio não foram passividade, mas sim uma entrega total ao projeto divino. Ele nos mostra que os planos de Deus são sempre melhores, perfeitos e agradáveis, mesmo que não os compreendamos de imediato.

A força geradora da adoção no coração de São José

Um dos pontos mais tocantes da reflexão é a adoção de Jesus por José. Ele foi escolhido para ser o pai adotivo do Salvador. A descendência do Rei Davi, essencial para a linhagem messiânica, não veio de Maria, que gestou no ventre, mas de José, que gestou no coração.
“A adoção também é capaz de gerar. O coração é capaz de gerar como o ventre materno.”

Essa verdade teológica encontra eco nos testemunhos de casais que vivem a adoção. A família Zoasquita, por exemplo, partilha sua história de superação da infertilidade e a abertura do coração para a adoção. O esposo, Silvestre, ao se deparar com a impossibilidade de gerar naturalmente, afirmou: “Se não pudermos gerar naturalmente nossos filhos, nós podemos gerar pela
adoção.”
A adoção, portanto, é apresentada como uma possibilidade que Deus nos dá de abrir o nosso coração à novidade do céu, um caminho de paternidade e maternidade firmados na autoridade e na fidelidade do coração.

O Natal e a preparação para a mudança

O Natal é a celebração do Verbo que se fez carne e habitou entre nós. É um tempo que exige preparação, não apenas material, mas sobretudo espiritual. A chegada de uma nova vida, seja pelo nascimento natural ou pela adoção, mexe com todas as outras vidas, interferindo no emocional, psicológico, no espaço e no tempo.
A lição da Sagrada Família é de que o filho não é um direito, mas faz parte de um plano amoroso de Deus. A sabedoria com a qual Deus comanda todas as coisas é a Providência Divina.

Que, neste Natal, a luz do Menino Jesus chegue ao seu lar, cure os corações, fortaleça os laços e renove a esperança. Que possamos aprender com São José a dizer o nosso “sim” aos planos de Deus, mesmo quando eles invertem os nossos próprios sonhos.

Um Feliz e Santo Natal da equipe do Portal Canção Nova para sua família! 🎄