Insignificante, qual grão de mostarda; silencioso como seu nascimento no coração da noite… Foi assim que entrou no mundo o reinado de Cristo.
Os caminhos do Mestre não são os caminhos do mundo. Desprezou exércitos, plantou apenas uma Cruz à beira dos caminhos, na encruzilhada dos tempos. E essa Cruz, que os homens altearam, tornou-se o eixo central do mundo. Símbolo de escárnio, de ignorância e loucura, converteu-se em sinal de redenção.
E, desde então, na encruzilhada dos caminhos, no vértice das igrejas e das montanhas, nas paredes das casas e nas frontes dos homens, sobre o berço das crianças e sobre as tumbas dos mortos, o Crucificado se ergue e fala, de braços abertos e com o coração traspassado.
Morreu para que vivêssemos. Trouxe mensagens de amor do céu à terra, esta terra que tanto precisava do céu. E, com voz acolhedora, convoca os corações de boa vontade para continuar sua obra inacabada. Por toda a parte, a quem quiser ouvir e compreender, o grande segredo da verdade é revelado: Assim como eu vos amei, amai-vos também. Aquilo que eu fiz, fazei-o igualmente vós.