Edwiges, viúva

Era o ano de 1227. Uma série de calamidade se abateram sobre a Duquesa Edwiges. Guerras e mais guerras entre parentes estavam ocorrendo naquelas terras.

O Duque Henrique viu-se envolvido em muitas guerras: eram disputas entre os diversos príncipes. Numa dessas batalhas, Henrique caiu prisioneiro do príncipe Conrado. Edwiges, corajosamente, apresentou-se diante do cruel príncipe e conseguiu a libertação do seu marido.

Pouco depois, Henrique partiu para a região de Crosna. Atacado por um mal imprevisto, veio a falecer poucos dias depois. Foi sepultado solenemente no Mosteiro de Frebnitz, que ele próprio fundara, ao lado de seu filho Conrado. Edwiges, nessa ocasião, mostrou-se a mulher forte que era. Enquanto todos choravam, ela mantinha os olhos secos, embora seu coração vertesse um mar de amarguras.

Pouco tempo depois, um novo golpe veio ferir o coração já tão provado de Edwiges. Seu filho primogênito, Henrique, tombou ferido mortalmente nos campos de batalha,deixando em casa seus filhos e sua esposa Ana.

Mesmo com o coração sangrando, teve palavras de consolo para Ana: ‘É a vontade de Deus. Cabe-nos aceitá-la. O que agrada a Deus devemos fazer sempre’. E, elevando os olhos aos céus, rezou: ‘Dou-vos graças, Senhor, que tal filho me deste. Enquanto vivo, tanto me amou e honrou. Nunca me causou o mínimo desgosto. Embora o quisesse sempre comigo na terra, por ele agora vos peço que, pelo derramamento de Seu Sangue, esteja unido a Vós, Senhor Deus’.

Mais uma vez Edwiges mostrou-se uma mulher forte, cheia de fé e submissa à Vontade de Deus.