Edith Stein nasceu em Breslau, atualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha, que depois da Segunda Guerra Mundial passou a pertencer à Polônia, no dia 12 de outubro de 1981, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação.
Seus pais Sigefredo e Augusta, eram comerciantes judeus. Edith foi a última de onze filhos. Seu pai faleceu em 1893. A mãe encarregou-se dos negócios da família e da educação dos filhos.
A pequena Edith, segundo seu próprio testemunho, foi muito dinâmica, sensível, nervosa e irascível. Aos sete anos começou a possuir um temperamento mais reflexivo. Em 1913 ingressou na Universidade de Gottingen e se dedicou ao estudo da Fenomenologia. Aí encontrou sua verdadeira vida: livros, companheiros, e sobretudo o célebre professor E. Husserl. Durante este tempo chega a um ateísmo quase total.
Em 1914 explode a Primeira Guerra Mundial. Edith vai trabalhar em um hospital com quatro mil leitos. A este trabalho entrega-se de corpo e alma. Estuda com seriedade a Fenomenologia, até encontrar-se com a doutrina católica. Encontra definitivamente sua nova fé em 1921, quando lê a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. O amor a Deus, o Absoluto, toma conta de sua alma: Cristo elevou-se radiante ante meus olhos; Cristo no mistério da Cruz. Sob a direção do Padre jesuíta Erich Przywara, começa a estudar a teologia de Santo Tomás de Aquino.
Batiza-se no dia 1o. de janeiro de 1922, recebendo o nome de Teresa Edwig. Desde então sente-se evangelizadora: ‘Sou apenas um instrumento do Senhor. Quem vem a mim, quero levá-lo até Ele. ‘Deus não chama ninguém a não ser unicamente para Si mesmo.
Aos 42 anos, no dia 15 de abril de 1934, festa do Bom Pastor, veste o hábito carmelita no Convento de Colônia.
Sua conversão, que não a impede de prosseguir sentindo-se filha de Israel, enamorada de sua santa progenitura, separa-na, contudo, de sua família e de sua amada mãe: Minha mãe opõe-se com todas as suas forças à minha decisão. É difícil ter que assistir à dor e ao conflito de consciência de uma mãe, sem poder ajudá-la com meios humanos. (26-01-1934).
No dia 21 de abril de 1935, domingo de Páscoa, emite seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. Sua vida será uma Cruz transformada em Páscoa.
Na Alemanha, os nazistas começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedita e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.
Três dias antes de sua morte, Edith dirá: Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco. (06-08-1942).
Após vários tormentos, no dia 9 de agosto de 1942, na câmara de gás do inferno de Auschwitz’, morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedita. Foi beatificada no dia 1º. de maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo Papa João Paulo II.