O mundo hoje é muito veloz. Tudo acontece muito rápido e às vezes (ou muitas vezes) somos engolidos pelo ativismo e nos tornamos mais uma peça de uma grande máquina em movimento.
Deixamos de privilegiar o ser, em troca do fazer ou ter. Ficamos surdos, cegos e mudos quanto aos irmãos que estão ao nosso lado. Perdemos os sentidos: ver, tocar, ouvir, cheirar, ouvir, saborear, amar. Viramos robôs. Então é hora de parar.
Foi nesse espírito e quase entrando nessa dinâmica que resolvi parar para recomeçar. Fiz os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, na casa de retiros em Itaici. É a terceira vez que faço.
Durante oito dias desliguei-me do mundo para poder viver nele mais ligado, experimentá-lo mais plenamente, senti-lo, tocá-lo, amá-lo mais. São oito dias de silêncio, nos quais, indo até Deus, nos reencontramos com nós mesmos, para amar mais e melhor os irmãos e a natureza.
É nesse silêncio que podemos nos conhecer mais e melhor, descobrindo nossos limites e potenciais.