Realmente os planos de Deus não são os nossos… Quando eu era adolescente, minha mãe quase que me obrigava a ir à missa dominical. A preguiça era grande, mas eu acabava indo. Um dia, um amigo meu me convidou para participar de um encontro da Igreja. Achei legal e acabei entrando em um grupo. Me apeguei muito aos amigos, mas… não me apeguei à Deus.
Conseqüência: saí da Igreja e ainda saí falando mau. Hoje percebo que, na realidade eu tentava me justificar apontando e acusando os erros dos outros.
Me afastei de Deus e da igreja. Puxa… como foi ruim! Graças à Deus eu nunca me meti em grandes confusões nem fiz coisas tão erradas, mas eu experimentei, profundamente, a falta do Senhor. Quase morri por dentro, até que um dia, alguém me convidou para outro encontro de jovens.
Pensei comigo: ‘tenho que abraçar com força esta nova chance de Deus na minha vida‘. Aceitei o convite e comecei a sentir um desejo enorme de seguir Jesus, de ser um cristão, de ir à Igreja.
Deus me abraçou de novo, como um filho pródigo e eu mergulhei no seu amor. Algum tempo depois, já trabalhando na comunidade e evangelizando, senti no meu coração um chamado diferente, que nunca tinha sentido antes. Servir ao Senhor com uma entrega total. Rezei bastante e comecei a fazer alguns encontros de discernimento. Deus estava me chamando a ser Padre. Nunca tinha pensado nisso em minha vida, mas agora, com 19 anos, o coração ardia de alegria e eu entrei no seminário…
Já sou sacerdote há cinco anos e há quatro trabalho como Reitor do Seminário Menor, orientando jovens seminaristas e cuidando também da Paróquia Bom Jesus. Louvo ao Senhor por ter mudado minha vida e me feito tão feliz! Muito trabalho… várias dificuldades… várias alegrias… tristezas às vêzes… mas… muita presença de Deus e isso é a felicidade!
Um abraço à todos e minha bênção.
Pe. Paulinho
Reitor do Seminário Menor de Brasília