Aproveitando o dia, é bom deixar bem claro alguns dos temas mais importantes que norteiam nossa atividade como ministros da música. São eles: qual é nossa bandeira, quem somos, a quem servimos, onde estamos, a quem somos enviados, e tantas coisas que, provavelmente, serão apenas lembradas aqui.
O dia de Santa Cecília (22 de novembro) e a sua história com a música já nos deixa bem claro que nossa música tem uma origem e um fim. Significa dizer que nossa música vem do céu e seu destino, ao passar pela vida das pessoas, é o céu também; não é que precisemos atingir o céu com o que cantamos. É para que o céu se faça onde nossa música tocar.
Por isso, nossa ‘bandeira’ não é a música, e isto quer dizer que tudo o que fazemos e lutamos para que a música católica cresça e alcance o seu lugar, não é uma busca de seu crescimento pelo que ela é; é muito mais. É por aquilo que ela significa. Nossa ‘bandeira’ é aquilo que a música produz: evangelização! Pronto: nossa ‘bandeira’ é a evangelização!
É assim que vamos encontrando forças e meios para que nosso ministério vá cada vez mais longe, atingindo cada vez mais as pessoas e, se para tudo isso acontecer, Deus quiser fazer de nós um grande sucesso, Ele mesmo vai decidir e fazer como achar melhor. Por favor, quando você perceber por ai que existe muita exaltação para que a música seja aquilo, mais aquilo e tanto mais, ajude para que, em tudo, não percamos o norte, a missão, a ‘bandeira’.
O risco?? O risco é o de, perdendo o norte, que percamos o sentido e nos confundamos com o autor de tudo isso, com um enorme prejuízo à toda a Igreja, especialmente num país como o nosso, onde a cultura em torno do artista nos coloca muito longe daquilo que, especialmente, o Papa João Paulo II pede a nós, artistas também.
Quando digo que nossa música vem do céu, estou dizendo também que sua fonte de inspiração precisa ser ele mesmo, experimentado em nossas lutas cotidianas, espiritualidade, apostolado e vida fraterna. Deus tem algo constantemente tão novo quanto à inspiração para nossas músicas que perde tempo quem busca, escutando as ‘novidades’, encontrar A novidade que só Deus tem.
Há alguns dias, num congresso em São Paulo, alguém muito jovem me perguntou: ‘posso escutar qualquer tipo de música?’ E respondi: ‘poder pode! Mas se for para buscar inspiração para seu ministério, está tudo errado!’
Você poderia perguntar: E ai?? Como é que a gente faz…..? Pois é…! Como eu não gosto de dar todas as respostas – também porque não as tenho -, esta é uma boa questão pra que a gente continue conversando!
Não disse? Nem vai dar tempo pra falar de tudo….. fica pra próxima!