Nem sempre é fácil responder a esta pergunta. Ás vezes, respondemos que sim, mas depois recuamos. Outras vezes, respondemos que sim, mas sem avaliar se realmente isso corresponde à nossa forma de agir. Alguns dizem: Eu sou bom pai, sou bom profissional; outra diz: Sou ótima mãe, ótima esposa, mas em outras coisas… deixamos a desejar. Nunca conseguimos ser tudo aquilo que poderíamos, ou até mesmo, que precisamos ser. E o pior é que são exatamente nas situações mais difíceis que precisamos de mais confiança; e são exatamente nessas situações que mais hesitamos.
Mas então, em que podemos nos apoiar para ter confiança em nós mesmos? Muitas vezes nos avaliamos pelas conquistas, pelo salário, pela promoção, pelos elogios. Estes poderiam até ser bons parâmetros. Talvez sejam até os mais utilizados, mas não são os melhores, tampouco os únicos.
Importante é saber se você, em primeiro lugar, tem se comprometido a dar o melhor possível de você, ao invés de ser o melhor. Muitas vezes percebemos aquilo que temos de diferente como algo que nos torna melhores ou piores que os outros. E se o seu compromisso, honesto, é de ser o melhor que você puder ser, é preciso aceitar as diferenças, bem como é preciso aceitar os seus erros. Este é o primeiro passo para seu crescimento. Mas você se cobra a perfeição? Esse tipo de cobrança te impede de encontrar o caminho do crescimento. Muitos até já desistiram de serem seres humanos melhores por isso, vivendo a conveniência das circunstâncias. Como exemplo, vamos fazer uma reflexão: Observe as condições em que você nasceu e foi criado. Por exemplo: Será que na sua família as atitudes de buscar acertar, ainda que errando, eram valorizadas? Talvez você pergunte: Como assim? Vamos pensar em uma situação bastante comum. Uma criança que aprende a comer sozinho irá se sujar, deixar a comida cair, qualquer quantidade que entra em sua boca é acerto. Será que aqueles que cuidavam de você valorizavam mais o alimento introduzido, ou se empenhavam mais em apontar o que estava na mesa e na roupa?
E hoje, como você se percebe? Você tem coragem de olhar de frente para seus defeitos, percebendo que é possível vencê-los com perseverança, aceitando as recaídas, reiniciando tudo novamente? Olha para você não como alguém que tem de ser um eterno vitorioso, mas como um eterno lutador? Garra meu amigo. Pense nas suas falhas, suas fraquezas. Como você aprendeu a ser assim? De que forma as circunstâncias deixaram você vulnerável? Olhe para o seu passado, não tentando achar culpados, nem tampouco querendo encontrar justificativa para ser do jeito que é. Olhe para o passado para encontrar alternativas que permitam que você hoje firme propósitos concretos de mudança. Seja humilde e caridoso consigo mesmo. Peça ajuda. É preciso ser forte para reconhecer que tem fraquezas. Não queira resolver tudo sozinho. Aceite que você vai passar pelo erro, pela vergonha, pela incompreensão de alguns.
Mas é hora de lutar pelos seus objetivos. Isso mesmo, seus objetivos: você não pode perder a meta, que é tentar, tentar e tentar… até aprender como fazer diferente e melhor. É o caminho para resgatar a sua autoconfiança.
Talvez nunca tenhamos a certeza de que já podemos confiar em nós mesmos. Mas é bom lembrar: Sabia que você tem crédito na praça? Viver é arriscar, tentar, e deixar que os dons que Deus nos deu desabrochem; deixar que a ação de Deus vá nos lapidando. Mesmo que você duvide de si mesmo, mesmo que ainda falta muito para você ser aquilo que Deus espera, saiba que Ele te olha hoje, e acredita em você, pois te conhece.
Deus te vê e sabe o que há de bom em você. Ele depositou em você todos os dons necessários para que você construa a sua felicidade, e principalmente, que leve a felicidade a quem precisar. Basta se comprometer, honestamente, em buscar.