Tendo comemorado o domingo da Ressurreição do Senhor agora, nos diversos domingos pascais, caminhamos para a Festa da Ascensão e o Dia de Pentecostes. As primeiras comunidades cristãs estavam ainda em tempo de gestação e foram nascendo com a vinda do Espírito Santo. Após a Festa de Pentecostes acontece um desabrochar de vida comunitária. Os apóstolos e os discípulos do Senhor entenderam a presença renovadora do Espírito Santo Paráclito em suas vidas. Com isso assumiram posturas missionárias e transformadoras no meio do povo.
Olhando o contexto daquele tempo, sentimos a expansão da Igreja por todo o mundo então conhecido. Os apóstolos impunham as mãos sobre as pessoas batizadas para que recebessem o Espírito Santo, a fonte de unidade, unindo numa só fé as pessoas de regiões diversas.
A prática da vida cristã ia despertando e criando esperança no meio do povo, tendo como fundamento o que era anunciado, isto é, a ressurreição de Jesus Cristo. Foram entendendo que é melhor padecer fazendo o bem do que fazendo o mal, como aconteceu com Cristo.
Não foi fácil introduzir a nova mentalidade, o ensinamento novo trazido por Jesus Cristo. As estruturas antigas tiveram que ser superadas para que surgissem verdadeiras comunidades cristãs, marcadas pela vivência do mandamento do amor. Elas foram possíveis por causa da presença do Paráclito, do Espírito Santo. Jesus volta ao Pai e envia o Espírito de vida, dando vida às comunidades. Com isso a Palavra de Cristo pode continuar na prática da caridade e da fraternidade.
Hoje falamos de iniciação à vida cristã, que integra o batismo, a crisma e a Eucaristia. São três sacramentos que deveriam ser recebidos juntos. Com o costume de batizar crianças, a crisma passou a significar “sacramento de cristão adulto”.
O que faz acontecer a existência da comunidade cristã é o compromisso concreto com a vivência dos sacramentos, com o modo de viver a fé. É o testemunho, da vida de Cristo em nós, para o mundo, na coerência, na ética, na esperança e na prática do amor.