Que a nossa meta seja o amor! O amor cobre uma multidão de pecados. Jesus não quer que o façamos de qualquer jeito, só da boca para fora. Deus não quer um amor fingido!
Amor fingido?! Isso existe?! Existe até demais!
Nosso mundo prima pela aparência. Estamos numa sociedade muito frágil que pôs os seus alicerces, não na verdade, mas nas aparências. Nesta sociedade, as coisas boas só valem a pena desde que sejam vistas, aplaudidas e tragam um retorno ainda maior para quem as fez. Isso não é amor, é comércio; e pode acontecer com cada um de nós, se fizermos as boas coisas esperando algo em troca. O amor é gratuito. Não só é gratuito mas nós o devemos a todos os que de nós se aproximam: “Não tenhais dívida alguma com ninguém, a não ser a de um amor mútuo, pois quem ama o seu semelhante cumpriu a lei”. (cf. Rm 13,8-10)
Como termômetro da caridade devemos lembrar que é importante fazer o bem, mas ainda é mais importante querer o bem, que antes do bem-fazer venha o bem-querer. Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil. Nossas boas obras podem até aproveitar a alguém, mas a nós de nada aproveitará diante de Deus. O amor precisa ser a raiz de tudo o que fazemos.
Como é que Deus nos ensina a amar?
Ele nos ensina muito concretamente: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Nosso Pai está nos dizendo que para amar sem falsidade, devemos fazer às pessoas tudo o que gostaríamos que alguém fizesse a nós e que não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem. Parece simples, mas a nossa velha natureza marcada pelo pecado reage mal a esta proposta, não podemos buscar as forças neste coração meramente humano, precisamos buscá-la no coração divino que Deus plantou dentro de nós. Para amar assim, só com um novo coração. Todo batizado tem este “coração novo”, o que precisa é usá-lo, exercitá-lo.
“Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros.” (Rom 12,9)
Quando amamos de coração, o Espírito Santo que em nós habita, é quem ama em nós. Através de nós passa o amor do próprio Deus. Nisto o nosso amor é diferente dos demais, por ser amor de Deus: Já não sou eu que amo, mas Cristo que ama em mim!