No antigo Egito, o faraó determinou que as parteiras matassem os recém-nascidos do sexo masculino. Os hebreus representavam uma ameaça política aos egípcios. Deviam ser eliminados logo que nascessem. Herodes mandou matar os meninos com menos de dois anos de idade por ouvir dizer que havia nascido um novo rei! Eis as práticas do tempo antigo.
Naquele tempo, o faraó era um “rei”. Hoje, esse rei pode estar personificado em cada um, leigo ou investido de autoridade. A sociedade é vítima de um sistema econômico perverso. Transforma vítimas em agentes dos seus intentos diabólicos.
A narcotização da consciência social tornou-se uma necessidade do sistema, para que ninguém se sinta culpado e o “progresso” não seja impedido, como afirma o sistema, por preconceitos religiosos. O sistema pode encravar o traidor no coração de cada um. Ele cria agentes úteis.
Chegamos a um desenvolvimento tecnológico como nunca antes. Mas para quê e para quem ele serve se a vida humana virou coisa? Hoje, muitos dos países americanos e também europeus estão fazendo leis para aprovar o aborto, a eutanásia e a união entre pessoas do mesmo sexo.
Precisamos aplaudir o progresso da ciência, sem dúvida. São conquistas para o bem da vida humana. A Igreja não é contra, muito pelo contrário, ela é pela vida sempre. Ao ser humano, desde a sua concepção, compete a sua inviolável dignidade. “Nenhum progresso científico é verdadeiro se elimina a vida humana em qualquer fase em que se encontre”. (Dom Luciano Mendes).
A vida humana, em qualquer fase ou situação que se encontre, é dom de Deus. Hoje em dia, cada vez mais, parece haver gente que crê que, ao encontrar no outro qualquer deficiência, sua vida não vale a pena ser vivida.
Podemos afirmar que à semelhança do antigo Egito, de Herodes e de outros reis antigos, o “império dominador” faz, hoje, de cada vítima, agente útil para se auto-sustentar. Quanto mais abortos, eutanásias, uniões do mesmo sexo, significam menos pessoas que se opõem e mais facilidade para dominar com a bela desculpa de eliminar a pobreza.
A vida é dom de Deus e a Igreja é uma instituição que será sempre sua guardiã. Nenhum meio de comunicação tem direito de desautorizar a sua doutrina. Ninguém tem direito de incitar os cristãos e pessoas de boa vontade à desobediência de Deus. A Igreja é uma instituição ética e profética.