‘Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta’ (1 Cor. 13,7).
Um sinal autêntico do cristão maduro é a graciosidade livre e flexível. Quando nossas próprias idéias ou direitos nos são tão importantes que não conseguimos ouvir os outros ou ajustar-nos a eles, não estamos vivendo pelo poder do amor de Deus. Contudo, quantos são como um barril de pólvora, prontos a explodir quando as coisas não saem do modo como queriam. Somos inquietos e NÃO prontos para receber ofensas.
A pessoa em quem o amor de Jesus Cristo penetrou é lenta para julgar e acusar. Ela espera com cautela e interesse.
Sabendo quão falível e vacilante ela própria é, pode compreender a fraqueza e a fragilidade dos outros. Essa pessoa possui uma aceitação amorosa. Os juízos são irrelevantes porque mesmo depois de fazermos nosso juízo, ainda devemos amar e perdoar. Nada há que possamos aprender uns dos outros que nos dê o direito de excluir ou rejeitar.
A pessoa a quem condenamos ainda precisa do nosso amor. Não podemos fugir a essa responsabilidade.
O combustível da maquinaria da participação profunda e do cuidado amoroso é nosso discernimento mútuo. Contudo, quão fácil é guardar os fracassos e falhas alheias e usá-los contra as pessoas através de reservas nos relacionamentos!
Só quando as pessoas preenchem nossos padrões é que damos de nós mesmos. O amor não age assim. O Espírito do Deus de amor nos capacita a dar de nós mesmos sem julgar nem calcular padrões.
O amor não é melindroso e não tem prazer nas fraquezas dos outros.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. (João 13,35)