As pessoas casadas são chamadas a viver a castidade conjugal; as outras praticam a castidade na continência.
Os pais sabem que o pressuposto mais válido para educar os filhos para o amor casto e para a santidade de vida consiste em viverem eles mesmos a castidade conjugal.
Isto comporta que eles estejam conscientes de que no seu amor está presente o amor de Deus e, por isso, também a sua doação sexual deverá ser vivida no respeito de Deus e do Seu desígnio de amor, com fidelidade, honra e generosidade para com o cônjuge e para com a vida que pode surgir do seu gesto de amor.
Só dessa maneira ela se pode tornar expressão de caridade; portanto, o cristão no matrimônio é chamado a viver essa doação dentro da própria relação pessoal com Deus, como expressão da sua fé e do seu amor para com Deus e assim com a fidelidade e a generosa fecundidade que caracterizam o amor divino.
Só assim ele responde ao amor de Deus e cumpre a sua vontade, que os mandamentos nos ajudam a conhecer. Não há um amor legítimo que não seja, no seu mais alto nível, também amor de Deus. Amar o Senhor implica responder positivamente aos seus mandamentos: Se me amardes, observareis os meus mandamentos (Jô 14, 15).
Para viver a castidade o homem e a mulher têm necessidade da contínua iluminação do Espírito Santo. No centro da espiritualidade conjugal está… a castidade, não só como virtude moral (formada pelo amor), mas igualmente como virtude ligada aos dons do Espírito Santo antes de mais ao dom do respeito por aquilo que vem de Deus (donum pietatis)… Assim, pois, a ordem interior da convivência conjugal, que consente que as ‘manifestações afetivas’ se desenvolvam segundo a sua justa proporção e significado, é fruto não só da virtude na qual os cônjuges se exercitam, mas também dos dons do Espírito Santo com que colaboram.
Por um lado, os pais, persuadidos de que a sua própria vida de castidade e o esforço de testemunharem no dia-a-dia a santidade constituem o pressuposto e a condição para a sua obra educativa, devem ainda considerar qualquer ataque à virtude e à castidade dos seus filhos como uma ofensa à própria vida de fé e uma ameaça de empobrecimento para a sua comunhão de vida e de graça (cf. Ef 6, 12).
Fonte: Vatican