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Fertilidade

O que a Igreja nos ensina sobre a fecundação artificial?

Existem muitos casais que, por alguma razão, não conseguem engravidar; então, buscam outros meios de ter os filhos. Alguns tentam meios não naturais, como a fecundação artificial e a reprodução assistida. É preciso, no entanto, compreender o que a Igreja diz a respeito.

Primeiramente, a fecundação artificial é entendida como um conjunto de técnicas por meio das quais se permite a reprodução sem a união sexual do casal. A inseminação artificial e a reprodução assistida são formas de concepção que substituem a fecundação natural compreendida na relação entre os esposos. A Igreja, portanto, é muito categórica em sua concepção a respeito dessas técnicas. Para a Igreja, do ponto de vista moral, todo ser humano deve ser acolhido como um dom, uma bênção de Deus. Uma procriação verdadeiramente responsável deve ser fruto do matrimônio e da relação sexual entre o casal.

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Foto ilustrativa: vchal by Getty Images

Fecundação natural X fecundação artificial

Podemos dizer que a procriação humana tem algumas características específicas por força da dignidade pessoal dos pais e dos filhos. A dignidade do novo concebido é tão grande, que até a forma de concebê-lo, a mais digna, a Igreja acredita ser a entrega do casal na relação sexual, que faz parte da conjugalidade.

O homem e a mulher colaboram com o plano do Criador, portanto, a concepção deve ser fruto da doação mútua, do amor, da fidelidade e responsabilidade entre os esposos. O ato conjugal, com o qual os esposos manifestam reciprocamente o dom de si, exprime simultaneamente a abertura ao dom da vida: é um ato indissolúvel corporal e espiritual.

Por que é imoral?

O matrimônio tem dois sentidos: o unitivo e o procriativo. Por essa razão, a reprodução não os pode separar, mas sim preservar esses significados. As formas de reprodução não naturais separam esses dois princípios do matrimônio e, de certa forma, não respeitam a dignidade da criança ao ser concebida. A relação sexual é uma forma de respeitar os princípios desse sacramento. Por isso, a Igreja vai contra os processos artificiais, uma vez que tudo o que vai contra os métodos naturais vai contra a dignidade do matrimônio.

Outro ponto a ser destacado é que por esses métodos a procriação é privada de sua perfeição própria, quando não querida como fruto do ato conjugal, gesto específico dos esposos. “A procriação humana está fundada sobre a conexão que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do ato conjugal: unitivo e procriador”. (Carta Encíclica Humanae Vitae)

Por fim, esses atos são ilícitos, porque efetuam a dissociação dos gestos que, pelo ato conjugal, são destinados à fecundação humana. A Igreja ensina que nunca é lícito “fabricar” um filho fora do ato sexual entre os esposos. Todo ser humano tem o direito de ser gerado numa uma união física de amor dentro do casamento.

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O que a Igreja indica a esses casais?

Vale ressaltar que é lícito o uso de meios artificiais encaminhados unicamente a facilitar a realização natural do ato sexual ou, uma vez esse ato realizado normalmente, que seja alcançado seu fim.

A Igreja sente pelos casais que não conseguem engravidar, não fica indiferente ao sofrimento, à busca e à angústia deles; ao contrário, torna-se solidária. Porém, não justifica apoiar aquilo que foge à dignidade do matrimônio. Existem muitas crianças que aguardam a adoção, e a Igreja propõe a esses casais que se compadeçam e adotem essas crianças.

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Sheila Cristiane dos Santos Daltro

Sheila Cristiane dos Santos Daltro é Brasileira, nasceu no dia 05/04/1985, em Cunha, SP. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2005 no modo de compromisso do Núcleo.

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