Tenho pensado na vida, pensado por que vivemos. Talvez, hoje, essa seja a pergunta que muitos têm se feito, principalmente, porque uma onda de falta de sentido assola a humanidade. Pessoas infelizes, desanimadas, sem esperança. Que coisa é essa onda de depressão? Um mal que atinge as diversas idades, raças e culturas.
Pergunto-me: o que falta para o ser humano? Somos filhos de Deus, nascemos para ser felizes e realizar Seu plano de amor a nosso respeito. Por que não conseguimos ser o que Deus sonhou para nós? Logo, vem-me a resposta: “Não sonhamos com Deus, sonhamos sozinhos, sonhamos os nossos sonhos de forma egoísta”.
Raramente, abrimo-nos para Deus, só nos aproximamos d’Ele quando precisamos dos seus favores, quando queremos milagres, testando, assim, Seu poder. Quantas vezes esperamos, esperamos apenas; uma espera passiva de quem não se move em busca do objetivo. Muitas vezes, ou melhor, na maioria das vezes, o objetivo não vem até nós. Se não vamos a ele, corremos o risco de ficar assim infelizes, desanimados, depressivos, sem sentido nenhum em nossa vida.
Está faltando um sentido para a vida?
Hoje, o que mais ouvimos dizer é que pessoas perderam a vontade de viver, não encontram sentido na vida. Que conselho poderíamos dar a uma pessoa desesperada, que responde sempre: “Não tenho mais nada a esperar da vida”?
Descobri, nas linhas sábias da Contituição Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II: “O futuro da humanidade está nas mãos daqueles que souberem dar às gerações de amanhã razões de viver e esperar” (GS 31). Sem dúvida, se não vemos, hoje, sentido de viver e esperar, o que será da humanidade? A busca de sentido, no entanto, é também a busca da própria identidade, de um propósito, um destino, uma missão.
“Quem sou eu? Quais os meus objetivos? Para onde estou indo? O que devo fazer?” Um filósofo dizia: “Aquele que possui um ‘por que’ viver poderá suportar qualquer ‘como’ deve viver”.
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Devemos parar de nos perguntar, continuamente, qual o sentido da vida. Em lugar disso, começarmos, realmente, a pensar que “somos pessoas a quem a vida interroga incessantemente”; ela quer de nós uma resposta, e a nossa resposta precisa ser concreta.
Diante da vida, preciso assumir, com responsabilidade, as tarefas que me são pedidas, encontrando a resposta certa para cada situação. Assim, vamos personalizando a nossa vida, vamos dando o sentido que encontramos, respondendo às situações de forma única e diferente de qualquer pessoa.
Simone Cavazanni