Se você tem medo de amar, pare e pense nos sentimentos e situações que o impedem de amar
Naturalmente, trazemos o desejo de amar e sermos amados, porque Deus, que é Amor, ao nos criar plantou em nossa alma essa aspiração como sinal de nossa semelhança a Ele. Porém, nem sempre conseguimos amar como gostaríamos. As escolhas que fizemos na vida e tantos fatores que marcam nossa história, muitas vezes, levantam-se como barreiras que nos mantêm distantes do amor e temerosos quando o assunto é amar.
Sentir medo, na verdade, não é um mal; afinal, quando temos medo, é porque pensamos nas consequências das nossas escolhas. Isso é até positivo, pois nos protege de grandes riscos, até mesmo de perdermos a vida. Porém, quando o assunto é medo de amar e até mesmo de nos relacionarmos com as pessoas que desejam fazer parte de nossa vida, significa que nosso coração precisa de uma atenção especial.
Não viva com medo de amar
O medo de amar tem levado muita gente a viver no meio termo para sobreviver, ou seja, até certo ponto ama, mas não se entrega, não se aprofunda no relacionamento por medo das consequências. Porém, o amor não combina com superficialidade; e se quisermos realmente fazer nossa vida valer a pena enquanto passamos por este mundo, é preciso vencer o medo e abrir-se ao amor com tudo que ele propõe.
Temos de considerar que o amor cristão, em sua essência, é redentor. Isso significa que ele está enraizado na verdade de que Deus nos amou primeiro e nos salvou, entregando por nós sua própria vida na cruz. Portanto, quando fugimos dos relacionamentos profundos, com medo de nos entregarmos, estamos, de certa forma, negando nossa semelhança a Cristo e fugindo da principal meta e razão pela qual viemos a este mundo, que é amar e sermos amados conforme o próprio Cristo nos ensinou: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei a vós” (João 13,34).
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As experiências dolorosas vividas no passado e o medo de novos sofrimentos não podem definir nosso estilo de vida, muito menos nos impedir de viver plenamente cada fase de nossa existência, dando e recebendo o amor. Precisamos considerar que cada pessoa é única e nem todos têm as mesmas fraquezas que nos fizeram sofrer um dia. Compreendo que é até natural sentirmos medo de recomeçar a amar depois de passarmos pela dor. Porém, digo por experiência, que a melhor escolha é contar com a graça de Deus, buscar a cura interior e abrir-se de novo ao amor. Ele é a única força que aproxima nosso coração do coração de Deus, fonte de toda vida.
Segundo estudiosos no assunto, a compreensão do que realmente sentimos é o melhor estímulo que precisamos para vencer o medo e recomeçar. Por isso, diante da dificuldade de amar, é importante nos questionarmos: será que alguma experiência dolorosa do passado continua influenciando meus relacionamentos hoje? Ou será que eu não amo por egoísmo, porque não quero dividir meu mundo com ninguém, pois me basto a mim mesmo? Tanto em um caso como no outro, se a resposta for positiva, você precisa pedir ajuda e dar passos concretos para alcançar a cura do seu coração. Não é justo que ele passe por este mundo sem amar, uma vez que foi feito para isso.