Conta-se que Cristóvão Colombo, descobridor das Américas, navegava, já há semanas, durante a longa travessia marítima, mas a terra custava a aparecer. Em um fim de tarde de dúvidas e desalentos, os marujos, timidamente, lançaram a pergunta: “Chefe, já navegamos há vários dias, mas até agora nenhuma terra à vista. O que faremos quando todas as esperanças tiverem morrido?”. Diz a história que Colombo olhou fixamente nos olhos dos marujos e disse com muita convicção: “Ao raiar do dia, quando formos atingidos pelos primeiros raios do sol, a esperança renascerá e vocês mesmos dirão: ‘continuemos navegando, navegando, navegando…'”. Como bem sabemos, Colombo descobriu as Américas! A esperança é o combustível que move o homem, impulsionando-o na conquista de seus sonhos.
Acredito que esperança e entusiasmo se completam. “Entusiasmado” quer dizer “cheio de Deus”, e quem é cheio de Deus é também cheio de esperança. Continuar navegando, quando a correnteza aparece ou, na verdade, é contrária ao lugar onde desejamos chegar, sem dúvidas é um grande desafio. Diz o grande músico Beethoven que “a marca do grande homem é manter sua firmeza em face das turbulências”.
Como alimentar a esperança?
Compreendo que é preciso atravessar a “casca” dos acontecimentos cotidianos. Nada acontece ou deixa de acontecer por um acaso em nossa vida. É preciso voar mais alto ou, pelo menos, tentar e ver os fatos de outro ângulo, do ângulo de Deus! Com certeza, escrever é menos desafiador do que viver tudo isso, mas, enquanto escrevo, pretendo plantar em seu interior uma semente de esperança ou regar a que já existe desde sempre. Deus nos fez homens e mulheres de esperança!
Talvez, hoje, você se encontre como aqueles “marujos”, sem muitas expectativas. Mas, como Colombo, quero lembrar que, no raiar de cada novo dia, o sol traz esperança, e ela nos impulsiona a continuar navegando. Na verdade, estamos no mesmo barco! Também enfrento “tardes duvidosas”, insisto em continuar navegando porque sou aquecida, a cada dia, pelo “sol da justiça”. Continuar navegando é perseverar quando outros desistem, é acreditar no que não se vê, é ter a coragem de enfrentar o impossível.
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Ser otimista
É falar palavras mansas e exalar ternura, quando outros gritam e agridem. É divinizar o humano e deixar-se encantar com as coisas simples da vida, é não parar de sonhar jamais. É sorrir à toa como criança, descontrair de vez em quando para ouvir histórias sem olhar o relógio, mesmo que discreto. É ver o lado bom das coisas, sempre e em tudo, com a profunda vontade de ser mais, cantar mais alto, crescer mais, servir e amar mais, muito mais. Com esperança à bordo e, é claro, Deus no coração!
Sejamos fiéis, mesmo na tribulação, pois diz São Paulo, em Romanos 5,3: “A tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade, e a fidelidade comprovada produz a esperança. A esperança não nos decepciona”. Estamos juntos. Navegar é preciso!