Se o amor fosse um jardim, o jardineiro seria a figura mais importante. Geralmente, nós gostaríamos de ser a rosa. A rosa é linda, sem dúvidas, mas ela não seria tão bela, ou talvez nem existisse sem os cuidados do jardineiro. O amor não sobrevive sem cuidados! Por isso precisamos primeiro ser jardineiros. Cuidar do outro como gostaríamos de ser cuidados.
Nós tentamos buscar a DEUS de várias maneiras.
Geralmente pela oração, pela perseverança nas igrejas, pela meditação, pelo estudo dos textos bíblicos e pelas ofertas variadas.
O Reino de DEUS não está apenas dentro do coração das pessoas, mas também e, principalmente, entre as criaturas.
Não existe jardim sem o jardineiro
Ninguém consegue alcançar a DEUS na linha vertical!
Só o fazemos na linha horizontal, isto é, por meio do amor ao próximo.
Viver no egoísmo, desinteressado pelo bem dos semelhantes, é viver divorciado de DEUS, porque só descobrimos a DEUS quando o Amor sai do nosso coração e vai ao encontro do coração ferido do nosso irmão.
Um prato de comida a quem tem fome fala mais de DEUS do que qualquer pregação religiosa.
Uma visita ao hospital é levar o remédio de DEUS aos enfermos.
Uma gentileza que se presta ao semelhante é uma flor com a qual DEUS perfuma nossa vida.
O esquecimento de uma ofensa é o perdão que DEUS manifesta diante das nossas próprias faltas.
“Como posso ser feliz, se, ao pobre, meu irmão, eu fechei meu coração, meu amor eu recusei?” (Trecho de Balada da Caridade)
Com o coração fechado não se encontra Deus nem consegue ser feliz também! Se a caridade é a chave da casa de DEUS, a fechadura é o meu próximo!
A caridade é a chave
“Meus filhos, saiam pelo mundo com tochas nas mãos. Pendurem lâmpadas nas paredes das noites. Onde houver fogueiras, façam nascer mananciais. Onde se forjam espadas, plantem rosais. Transformem em jardins os campos de batalhas. Abram sulcos e semeiem amor. Plantem bandeiras de liberdade na Pátria da pobreza. E anunciem depressa vai chegar a era do Amor, da alegria e da Paz.” (São Francisco de Assis)
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“No fundo, a falta de um reconhecimento sincero, pesaroso e orante dos nossos limites é que impede a graça de atuar melhor em nós, pois não lhe deixa espaço para provocar aquele bem possível que se integra em um caminho sincero e real de crescimento. A graça, precisamente porque supõe a nossa natureza, não nos faz improvisamente super-homens. Pretendê-lo seria confiar demasiado em nós próprios. Nesse caso, por trás da ortodoxia, as nossas atitudes podem não corresponder ao que afirmamos sobre a necessidade da graça e, na prática, acabamos por confiar pouco nela. Com efeito, se não reconhecemos a nossa realidade concreta e limitada, não poderemos ver os passos reais e possíveis que o Senhor nos pede em cada momento, depois de nos ter traído e tornado idôneos com o seu dom. A graça atua historicamente e, em geral, toma-nos e transforma-nos de forma a exaltemos com as nossas palavras.” (Papa Francisco – Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate)
Trecho extraído do livro “Atitudes que nos levam a DEUS“, de Joziane Nunes