“(…) E o Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só.
Vou fazer-lhe uma companhia adequada” (Gen 2,18).
Viver unido pelo sacramento do matrimônio é uma graça, porém, exigente. Exige despojamento, compreensão, renúncia, disposição… e isso nem sempre é fácil. Quando se casa, casa-se com tudo o que a pessoa é: qualidades, dons, imperfeições e limites.
Infelizmente o que se apresenta na TV, cinema, revistas e outros meios de comunicação é um casamento ilusório, irreal, no qual tudo é perfeito ou nada dá certo.
O casal cristão é chamado a pisar no chão e a olhar os dois para o céu sem deixar de olhar um nos olhos do outro em espírito de oração.
É preciso saber que o Amor entre o casal não é poesia, nem histórias contadas para dormir. Mas, acordados, os dois dever saber que trazem suas histórias reais e bem distintas, que se fundem para que possam construir, juntos, uma nova história. Nenhum dos dois vai viver a sua própria história, mas vão construir uma nova história a dois.
Viver o PHN no casamento é decidir tirar as máscaras em todos os momentos, que um ou o outro, ou os dois juntos podem usar, representando um papel, um teatro, um personagem que não faz parte de suas histórias. É decidir não pecar hoje no casamento; dentro e fora de casa, sozinhos ou juntos. É saber que o casamento não é novela, mas vida real! Enfim, é não pecar contra a Aliança que os dois fizeram diante de Deus no altar e que deve ser renovada dia a dia, para que o casamento não apodreça e acabe, mas amadureça com o tempo e oração e dê frutos para a construção de uma sociedade nova e de paz, original.
Que se cumpra a Palavra de Deus hoje: No início Deus criou homem e mulher, os abençoou e lhes disse: Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! (Gen 1,27-28 ).
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