Durante um show que fizemos (Anjos de Resgate) num carnaval, em dado momento ministrei sobre a música que estávamos cantando que dizia: vou te dar o meu coração entregar-me ao Teu perdão, abraçar-Te deitar em Tuas mãos… e lembrei de minha sogra Terezinha Ferreira que tem o seu coração doente porque tem doença de chagas e praticamente metade de seu coração não funciona mais, mas que nem por isso deixa de servir a Deus com todo empenho e alegria que pode.
Comecei a pensar nas feridas sentimentais e espirituais do meu coração e da dificuldade que isso trazia para eu viver uma vida no Espírito, e vi que não era só para mim, todos meus irmãos tinham seu coração vitimado pelas chagas do pecado, do ressentimento, da falta de amor, da decepção, do falso julgamento, da traição…
E nós músicos, ainda pior por causa do ranço enraizado da música do mundo que não nos larga, a tentação da fama, da liderança, de se engrandecer, até falando da própria humildade.
Enquanto cantávamos senti que Jesus não apenas queria receber nosso coração doente (chagado) mas queria recuperar totalmente o paciente e a única condição de fazer isso seria um transplante. Na falta de doadores que pudessem renunciar a si mesmo pelo outro e por amor à Igreja, Ele estava disposto a transplantar Seu próprio coração para que não apenas não sofrêssemos mais com as marcas do nosso coração, mas para que aprendêssemos a viver com os sentimentos dEle, para que a partir desse coração novo todo nosso ser fosse curado, que esse novo impulsionar de sangue daquele que é o caminho, a verdade e a VIDA, fosse vida em nosso ser.
Que esse transplante bendito me desse uma nova visão de caminhada de amor, de acolhimento e renúncia, que eu pudesse ver com alegria a cruz, porque estaria além dela; porque sabia que não há glória sem cruz, que esse transplante não se limitasse a mim, mas a todos os que estão vendo que não se pode mais ser um cristão morno nesse novo século, que aquele que planta é também aquele que colhe, que não há mais espaço para indecisos e precavidos, que é o século do eu sou de Cristo, por isso viva como eu.
Não é possível mais orar de mãos sujas, o pecado da sociedade clama alto dentro de nós, os céus pedem atitude, não atitude de herói, mas de paciente que se deixa moldar por Cristo, que sofre na casa e na vida dos drogados, dos viciados das mais diferentes drogas.
Te convido agora a deixar Jesus transplantar seu coração para que como Paulo possa experimentar a sensação do Não sou eu que vive é Cristo que vive em mim!
Ninguém roubou o coração da minha sogra nem colocou nela um de jacaré, mas ela deu o seu próprio coração a Jesus e Ele deu o seu a ela. Experimente!