A Revelação cristã apresenta as duas vocações ao amor: o matrimônio e a virgindade. Não é raro que, em algumas sociedades hodiernas estejam em crise não só o matrimônio e a família, mas também as vocações ao sacerdócio e à vida religiosa. As duas situações são inseparáveis: Quando não se tem apreço pelo matrimônio, não tem lugar a virgindade consagrada; quando a sexualidade humana não é considerada um grande valor dado pelo Criador, perde significado a renúncia pelo Reino dos Céus.
A desagregação da família segue-se a falta de vocações; por outro lado, onde os pais são generosos para acolher a vida, é mais fácil que o sejam também os filhos quando se trata de a oferecer a Deus: É preciso que as famílias voltem a exprimir amor generoso pela vida e se ponham ao seu serviço antes de mais acolhendo, com sentido de responsabilidade não desligado de serena confiança, os filhos que o Senhor quiser dar; e completem este acolhimento não só com uma contínua ação educativa, mas também com o devido empenho em ajudar sobretudo os adolescentes e os jovens a colher a dimensão vocacional de toda a existência, dentro do plano de Deus…
A vida humana adquire plenitude quando se torna dom de si: um dom que se pode exprimir no matrimônio, na virgindade consagrada, na dedicação ao próximo por um ideal, na escolha do sacerdócio ministerial. Os pais servirão verdadeiramente a vida dos seus filhos, se os ajudarem a fazer da própria existência um dom, respeitando as suas escolhas maduras e promovendo com alegria cada vocação, mesmo a vocação religiosa e sacerdotal.
Por esta razão, quando trata da educação sexual na Familiaris Consortio, o Papa João Paulo II afirma: Os pais cristãos reservarão uma particular atenção e cuidado, discernindo os sinais da chamada de Deus, para a educação para a virgindade, como forma suprema daquele dom de si que constitui o sentido próprio da sexualidade humana.
Fonte: vatican