Certa vez, ao comentar o medo do compromisso, que tantos homens experimentam em nossos dias, observa João Paulo II:
‘Esse medo provém de uma perda do sentido da vida. Muitos já não percebem a vida em seu conjunto, como um todo que implica uma opção e um direcionamento. Vivem-na por fatias sucessivas, sem ver mais longe do que o fim de uma fase e o início da seguinte – quando chegam a vê-los!
Ora, é preciso comprometer-se totalmente. A vida religiosa e a vida matrimonial são duas modalidades de um tal compromisso absoluto.
Infelizmente muitos hoje carecem de uma visão clara da finalidade da existência humana. Isto é verdadeira doença, fraqueza, talvez um pecado contra o Espírito.
Os homens não podem viver diante de Deus como se vivessem diante do nada.’
(Texto extraído do livro de André Frossard: Nayez Pas Peur. Dialogue Avec Jean Paul II, p. 322).