Na carta apostólica “No Início do Novo Milênio “, o Santo Padre João Paulo II escreveu: “Concluído o Jubileu, sinto ainda mais interessante o desejo de indicar o Concílio como o grande evento de que se beneficiou a igreja, no século XX. Nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa.” E um mais na frente diz o pontífice: “No início deste século, o nosso passo tem de tornar-se mais rápido, para percorrer as estradas do mundo.”
Para que os nossos passos sejam mais rápidos e seguros, seguindo a luz do Concílio, precisamos ter diante dos olhos os grandes objetivos de todo o trabalho conciliar. Partindo da idéia de um Concílio Pastoral, João XXIII, na abertura da grande assembléia, declarou que “a Igreja Católica, levando por meio deste Concílio facho da verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados.”
Concílio Pastoral que procurou transformar os seus ensinamentos em palavras geradoras de vida e de ação, manifestando cada vez mais a mensagem de Cristo como uma força vivificante. Por isso, nos seus documentos, vão aparecendo os fundamentos tais objetivos do Concílio.
Assim, na LUMEN GENTIUM se lê: “Este Sacrossanto Sínodo, congregado no Espírito Santo, deseja ardentemente anunciar o evangelho a toda criatura e luminar todos os homens com a claridade de cristo que resplandece na face da Igreja.” (1) Esse desejo ardente de anunciar o Evangelho é o ponto de partida de uma Nova Evangelização.
Na SACROSANCTUM CONCILIUM lemos também no seu começo: ” Este Concílio propõe-se fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis.” A grande meta do Concílio não foi realizar reformas externas somente. As reformas se fizeram para incrementar e facilitar a vida espiritual.
Na GAUDIUM ET SPES, salienta-se o desejo de estar a serviço do homem: ” É a pessoa humana que deve ser salva. É a sociedade humana que deve ser renovada. É, portanto, o homem considerado em sua unidade e totalidade, corpo e alma, coração e consciência, inteligência e vontade, que será o eixo de toda a nossa explanação.” (3).