Sempre que me pedem para falar ou escrever algo sobre música e para músicos, é impossível não lembrar das sábias palavras que Martin Valverde começa seu livro ‘O silêncio do músico’.
‘Uma das enfermidades mais antigas dos líderes cristãos é a de que, após terem chegado onde estão e atuam, escondem a escada pela qual subiram.’
É isso mesmo, para nós ‘músicos de referência ou liderança’ essa é uma tentação quase que natural e involuntária, é coisa do ser humano.
Hoje não por mérito mas por graça de DEUS posso assinar como músico cristão e membro do ministério de música Canção Nova, o ministério do Pe Jonas Abib, ou da TV e Comunidade Canção Nova e isso requer uma responsabilidade muito grande de ser referência para muitos músicos que estão começando ou que já atuam em suas paróquias, ministérios ou comunidades.
E como músico cristão, hoje tenho a graça e a responsabilidade de ser a nível de Brasil um dos pioneiros a introduzir e atuar nos palcos, shows e outros a Gaita Diatônica como instrumento de louvor ao Senhor, e como diz o Salmista:
Louvai a DEUS no seu santuário; louvai-o na fortaleza do seu firmamento.
Louvai-o por suas proezas;
Louvai-o por tanta grandeza.
Louvai-o com toques de trompas;
Louvai-o com harpa e cítara;
Louvai-o com tambor e dança;
Louvai-o com cordas e flautas;
Louvai-o com címbalos sonoros;
Louvai-o com os címbalos da ovação.
Que tudo que respira louve o SENHOR ! ALELUIA ! (Salmo 150)
Com todo respeito e admiração ao salmista da Santa Escritura, tomo a liberdade em dizer que se Ele tivesse conhecido este instrumento maravilhoso que é a GAITA, com certeza ele teria incluso seu nome em especial neste salmo que acabamos de citar.
Para mim este salmo representa a regra básica de um músico cristão e ministro de música.
Tocar gaita para mim, é mais que tocar um instrumento musical, é experimentar e sentir um prazer que poucos mortais já sentiram ou experimentaram. Por isso meu maior prazer além de tocar e louvar a DEUS com este instrumento maravilhoso é despertar em você a vontade de ser um(a) gaitista tocando e louvando a DEUS, estimulando seu interesse e buscando te proporcionar num incentivo a ingressar neste maravilhoso mundo. O mundo da música, mas música de DEUS e para DEUS.
Digo sem medo a você: Qualquer pessoa pode tocar gaita, basta um pouco de coragem, determinação e força de vontade e discernimento.
Tocar este instrumento que encanta crianças, jovens, adultos e idosos, além de proporcionar um prazer que só você poderá sentir, lhe proporcionará o privilégio de manifestar afetos de sua alma e seus sentimentos mediante a DEUS.
Tenho uns escritos que gosto muito e que fala assim:
‘Se tivermos a coragem de manifestar uma força em prol de algo que possa fazer o bem as pessoas.
Teremos o privilégio de merecer a crítica pelo feito e nos integrarmos no mundo dos fortes.
Pelos frutos desse feito, poderemos ser até imortais na memória dos homens e habitarmos o céu…’
E isto pode acontecer com você pelo simples fato de estar soprando e aspirando este simples, dócil e delicado ‘instrumentinho ‘ chamado GAITA.
Ah! também gosto de dizer que DEUS não escolhe capacitados, Ele capacita seus escolhidos, mas em se tratando de música, vale a pena lembrar que vontade só não basta é preciso um correto discernimento de dom para a tal. Se você tem este dom sente o chamado para este ministério, preparei aqui algumas dicas ou ‘degraus’ que poderão te ajudar neste ministério. Que estes degraus te ajudem a subir não só em palcos, mas possa levar você e a muitos pelo seu ministério ao céu. Agora é mãos a obra, ou melhor mãos e boca na gaita, soprar, aspirar e louvar a DEUS.
A GAITA DIATÔNICA
Se engana quem pensa que a gaita diatônica é usada só para o Blues. Se pesquisarmos poderemos encontrar bandas de quase todos os estilos (Rock – Country – Reggae e etc.) utilizando este instrumento tão maravilhoso. Mas por outro lado, atrevo-me em dizer que o Blues sem a Gaita Diatônica seria como uma boa feijoada faltando o sal ou um belo pudim sem açúcar.
Na verdade a gaita diatônica recebe este nome por não ter os semitons naturalmente, ou seja, sua escala é sempre natural no tom em que é afinada. Ex. Em uma gaita afinada em C (DÓ), teremos nos orifícios 4 ao 7 a escala de DÓ (dó ré mi fá sol lá si dó) , já em uma gaita afinada em D (RÉ), teremos nestes mesmos orifícios (do 4 ao 7 ) a escala natural de RÉ ( ré mi fa# sol lá si dó# ré) e assim sucessivamente.