A Ordem dos Carmelitas, é uma das mais antigas na história da Igreja, embora consedere o profeta Elias como o seu patriarca modelo, não tem um verdadeiro fundador, mas tem um grande amor: o culto a Maria, honrada como a Bem-Aventurada Virgem do Carmo.
O monte Carmelo era célebre no Antigo Testamento pela sua rica vegetação, mas, sobretudo, porque foi teatro de grandes acontecimentos ao tempo do profeta Elias. Fugindo do ímpio rei Acab, Elias escondeu-se numa gruta do monte Carmelo e de lá viu a nuvenzinha da qual devia chover abundante água sobre a terra árida. Pela oração de Elias, no monte Carmelo caiu fogo do céu sobre seu holocausto, como prova evidente que Deus estava com ele e não com os falsos profetas (1Rs 18, 1-40).
Segundo uma antiquíssima tradição, lá se formou um mosteiro de profetas à espera da vinda do Messias. Verdade é que no monte Carmelo vivia uma comunidade de eremitas que, pelo cruzado Bertoldo, por volta do ano 1.150, foi transformado em Ordem religiosa melhor adaptada aos costumes do Ocidente. Fugindo às perseguições dos sarracenos do século XIII, os monges emigraram mais tarde para a Europa.
Na noite de 15 para 16 de julho de 1.225 a Santíssima Virgem ordenou ao Papa Honório III que aprovasse sua Ordem. Como as perseguições não deixassem de molestar esses religiosos, São Simão Stock, seu sexto superior geral, implorou da Santíssima Virgem um sinal particular de sua proteção. Em 16 de julho de 1.251, enquanto assim rezava, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de uma multidão de anjos, segurando nas mãos o Escapulário da Ordem, como insígnia especial de seu amor maternal, e lhe disse: Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo, todo o que for revestido deste hábito será salvo.. Dai o nome de Festa do Escapulário dado à solenidade deste dia.
O escapulário é uma veste comum a muitas congregações religiosas mas particularmente distintiva da Ordem dos Carmelitas. Impõe-se hoje também um escapulário de formato pequeno a pessoas do mundo, para lhes permitir que participem das grandes Graças que a ele estão ligadas; entre outras, o privilégio sabatino.
Em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir à sua morte. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1.908.
Numa bula de 11 de fevereiro de 1.950, Pio XII convidava a colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.
A devoção a Nossa Senhora do Carmo é das mais antigas e espalhadas pelo mundo, sobretudo nos meios de origem espanhola.