A fidelidade é um valor fundamental. Ela aplica-se mais diretamente às relações de casais, entre noivos e entre esposos, e aprofundando neste tema, não é necessário sofrer a infidelidade do casal para entender que este é um valor fundamental.
Alcançar o verdadeiro e único amor é a aspiração mais nobre do homem; no entanto, o egoísmo e o prazer têm-se convertido num dos maiores gigantes que impedem hoje uma relação sã, estável e de benefício para as pessoas. Ter consciência e robustecer o valor da fidelidade, é uma necessidade que nos apressa em benefício de nós mesmos, a família e a sociedade inteira.
A fidelidade é o íntimo compromisso que assumimos de cultivar, proteger e enriquecer a relação com outra pessoa e com ela mesma, por respeito à sua dignidade e integridade, garantindo uma relação estável em um ambiente seguro e confiável, que favorece ao desenvolvimento integral e harmônico das pessoas.
Por mais estranho que possa parecer, a fidelidade é anterior à própria relação; devemos conhecer e descobrir realmente o que buscamos e o que estamos dispostos a dar em uma relação. A retitude de intenção nos ajudará a superar o egoísmo e fazer, por um lado, os interesses pouco corretos.
Assim, uma relação está destinada ao fracasso por desvirtuar o propósito da mesma: isto sucede com quem busca um bom rapaz ou uma jovem charmosa, somente para satisfazer a própria vaidade ou prazer; pior ainda se pretende-se, através dessa relação, alcançar uma melhor posição social e um interesse econômico. Pouco futuro terá esse casal quando alguma de suas partes não compreender que deve haver disposição para compartilhar, compreender e colaborar ao aperfeiçoamento pessoal do outro.
Podemos afirmar que o egoísmo é o maior perigo para qualquer relação. Ainda que nem sempre apareça ‘à primeira vista’, podemos observar que algumas pessoas deixam-se levar por tudo que é novidade: roupas, carros, aparatos…; com o conseqüente cumprimento de seus caprichos, buscando o prazer na comida, bebida, no sexo e na diversão.
Essas pessoas estão em constante perigo em faltar com a fidelidade a qualquer momento, porque sua vida está orientada à novidade, à mudança e à busca de novas experiências e satisfações. Ser fiel custa trabalho, porque não existe a disposição a dar e a dar-se. Como esperar que uma relação não seja aborrecida em pouco tempo? Como pretender que se evitem novas experiências?… Vencer o egoísmo, o prazer e a comodidade com uma conduta sombria, garantirá nosso crescimento pessoal, e em conseqüência, qualquer relação.
A fidelidade não é exclusiva do matrimônio, é indispensável no noivado, porque não há outra forma de aprender a cultivar uma relação e fazer com que ela prospere. Não está mal que os jovens conheçam as diferentes pessoas antes de decidirem com quem seguir adiante seu projeto de vida, mas devem fazê-lo bem, sem enganos, procurando conhecer realmente a pessoa, dando o melhor de si mesmo, tendo reta intenção em seus interesses: e isso é nobre, correto, e sobretudo, leal.
Também devemos ser cautelosos em nossos afetos e tratar com delicadeza e respeito as pessoas do sexo oposto, principalmente se já temos outra relação ou compromisso com alguma pessoa em particular. Uma coisa é a cortesia e o trato amável, outra – muito diferente dos agrados, as excessivas atenções e a comunicação de sentimentos e inquietude pessoais; esses intercâmbios fazem crescer um afeto que irá mais além da amizade e da convivência profissional, porque a pessoa é envolvida em nossa vida, em nossa intimidade e sempre terá a mesma conseqüência: faltar com a fidelidade. Por isso é necessário ser muito cuidadoso com nosso trato no trabalho, na escola, com os familiares e em todos os lugares que freqüentamos.
A fidelidade não é atadura, pelo contrário, é a livre expressão de nossas aspirações, nos cumula de alegria e ilumina cotidianamente as pessoas. Uma boa relação possui uma série de características que a fazem especial e favorecem a vivência da fidelidade, mas devem ser bem cuidadas, para que não sejam o produto da emoção inicial:
– Há o interesse de estar ao lado da pessoa, quando se procuram detalhes de carinho e momentos agradáveis.
– Constantemente faz-se um esforço para encontrar e afinar as asperezas, procurando que as discussões sejam mínimas para chegar à paz e à concórdia o mais rápido possível.
– Se dá pouca importância às falhas e erros do parceiro, fazendo-se o possível para ajudar a superar, com compreensão e carinho.
– Somos cada vez mais felizes na medida em que se ‘avança’ no conhecimento da pessoa e na forma em que ela corresponde a nossa ajuda.
– Compartilhamos alegrias, tristezas, triunfos, fracassos, planos… tudo!!!
– Pelo respeito que o casal merece, um ao outro, cuidamos do tratamento com as pessoas do sexo oposto, com naturalidade, cortesia e delicadeza; e que, afinal de contas, esse será o respeito que damos para nós mesmos.
A fidelidade não é somente a emoção e o gosto de estar com uma pessoa, é a luta por deixarmos de pensar unicamente em nosso benefício; é encontrar nos defeitos e qualidades de ambos a oportunidade de ser melhores e assim levar uma vida feliz.
Sem lugar às dúvidas, quando somos felizes podemos dizer que nossa pessoa se aperfeiçoa pela união das vontades orientadas a um fim comum: à felicidade do outro. Quando este interesse é autêntico, a fidelidade é uma conseqüência lógica, gratificante e enriquecedora.
Viver a fidelidade se traduz na alegria de compartilhar com alguém a própria vida, procurando a felicidade e a melhora pessoal de nosso companheiro, gerando estabilidade e confiança perduráveis, tendo como resultado o amor verdadeiro.
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