Grande foi a experiência de João Batista com o Senhor. Sabendo que seu parente era o Salvador do mundo, deveria pregar antes para aplainar-lhe o caminho. E até batizou o batizador. Grande também foi a experiência de sua mãe, Isabel. Morando numa cidadezinha distante 100 Km de Nazaré, recebe a visita de Maria e ainda fica repleta do Espírito Santo. E a experiência da própria Virgem Maria? Recebendo um anjo em sua casa tornar-se-ia co-redentora, gerando em seu ventre o próprio Salvador.
Grandiosa também foi a experiência do pescador Pedro. Trabalhava às margens do Mar da Galiléia quando o Senhor lhe propôs, mesmo que em outras palavras, ser o primeiro papa da Igreja. E que dizer da samaritana à beira do poço? Deu de beber ao Senhor e foi saciada pela fonte que é Cristo. Ou de Nicodemos que, sendo um notável entre os judeus, foi ouvir a própria Sabedoria naquela madrugada. E a mulher adúltera? Imagine a força deste encontro com o Senhor! Estando para ser morta o Senhor a salva, perdoa e ama. Maravilhosa também, deve ter sido a experiência daquele casal em Canaã. Rezavam, durante as brigas, pedindo àquele que transformou a água em vinho, que transformasse também a raiva em paciência. E Lázaro? Morto há quatro dias ouvindo: vem para fora! E os leprosos? E o servo do centurião? E o paralítico? Até mesmo a experiência de Pilatos, tendo que julgar o Justo Juiz. E o centurião que o crucificou. Vendo-o morrer concluiu: este era verdadeiramente o filho de Deus! Que experiências!
Depois da ressurreição então nem se fala. Imagine os apóstolos vendo aquele que ajudaram a enterrar, ali, comendo e conversando com eles. Grande também deve ter sido o encontro do Senhor com Tomé. O momento foi tão forte que o apóstolo abriu os olhos e reconheceu: Meu Senhor e meu Deus.
Longe de mim desmerecer todas estas experiências. Porém afirmo que, maior do que elas, foram os encontros do Senhor comigo. Eles não estão na sagrada escritura, mas é por causa deles que eu hoje leio a Bíblia. Eles não são contados em homilias, mas é por causa deles que eu ouço e aprendo com nossos padres. Minhas experiências com o Senhor não servem como exemplo do perdão, como o da mulher adúltera, mas são por causa delas que hoje eu freqüento a confissão. Elas não são alimento para os outros, mas é por causa delas que hoje eu como a carne daquele que se encontrou comigo. Não há nada mais forte na vida de um cristão que seus encontros pessoais com o Senhor. Se você já os teve, anuncie. Se não, já é hora de tê-los. Aí você vai adorar àquele que é, que foi e será o Deus da sua vida.