Vamos procurar compreender o que é que está acontecendo. Uma Empresa dos Estados Unidos anunciou que concluiu com sucesso a primeira clonagem humana da história. Isto significa o seguinte: conseguiram criar embriões em laboratório, a partir de células humanas. E para quê? Para usar depois tecidos destes embriões e fazer transplantes com eles. Vão retirar o DNA de células do embrião e depois reimplantá-lo em tecidos humanos doentes. Deu para entender?
Os cientistas conseguiram criar embriões humanos a partir de células humanas. E esses embriões servirão como material biológico para curar doenças. E embrião, o que é? É um ser humano. Não há dúvida, para a ciência, que a partir do momento em que o óvulo é fecundado inaugura-se uma nova vida. Um novo ser humano. E o embrião humano, depois de sua concepção, tem todos os direitos de vida humana e merece todo respeito enquanto tal. Ele não pode ser produzido como material disponível para laboratórios, nem eliminado. Basta ser um ser humano para que não se possa ser manipulado ou ainda eliminado, suprimido.
Perguntar não ofende: Quantos embriões já foram criados, nesta experiência, até chegar a esse resultado? Os jornais falam que o Presidente Bush, dos Estados Unidos, proibiu o uso de células tronco dos mais de 100 mil embriões que estão guardados em clínicas de fertilidade. 100 mil embriões… meu Deus!
Mas, tem gente lembrando, em defesa da clonagem humana, que estão produzindo embriões para fins terapêuticos: para procurar a cura de doenças como mal de Parkinson, diabetes, artrite… Ah é? Criando seres humanos para retirar pedaços e depois jogar no lixo? Que loucura é essa? O que fazem com esta enorme quantidade de embriões, de seres humanos, criados, seja por clonagem ou fertilização em laboratório? Lixo, é o destino deles. Isso não pode estar certo.
E ninguém pode mexer no embrião humano? Pode, se for para o bem dele, nos diz a ética, o bom senso e a moral cristã. Mas, você tem que respeitar a vida do embrião, que é a vida de uma pessoa humana. Se for mexer nele, que seja para a melhoria de suas condições de saúde e sobrevivência.
Alguém vai lembrar: mas esta manipulação de células chamadas estaminais é importante para encontrar a cura de doenças… OK. Poder-se-ia, então tirar células de adulto ou do cordão umbilical, onde não há risco para a pessoa que cede as células. Ou poderia também ser tirado de um feto resultante de um abordo espontâneo, como se faz com o aproveitamento de órgãos de mortos para fins de transplantes. É claro que não vale provocar aborto para isto: além do crime do aborto, teria também o do sacrifício de uma vida humana inocente. Mas, ficar brincando de Deus, criando um embrião humano, uma vida humana para dele retirar células ou órgãos, e depois jogá-lo no lixo, isto é uma loucura completa. Ainda bem que há gente de juízo que está percebendo o mal da clonagem humana e está disposto a fazer parar esta loucura.
O Presidente dos Estados Unidos condenou este tipo de experiência. Japão, Índia e a maioria dos países da Europa proibiram-no ou impuseram severas sanções. Os governos do Grupo dos Sete, os países economicamente mais avançados do mundo, querem a sua proibição total. A França e a Alemanha já propuseram à ONU o banimento deste tipo de experiência. A Inglaterra prepara-se para criar leis que impeçam a ação destes cientistas inescrupulosos. E o Brasil, na sua legislação, não quer conversa com esse negócio. Mas tem muita gente, se dando por moderninha, que está embarcando neste desrespeito à vida humana, em nome da liberdade de pesquisa científica.
E os direitos da vida humana desde a sua concepção, onde é que ficam? A clonagem é condenada pela Igreja e por qualquer pessoa de bom senso. Manipula um embrião, com altos riscos de deformação para o nascituro. E a clonagem para fins terapêuticos, que trata o embrião como material biológico descartável, merece todo nosso repúdio.
A vida humana é sagrada. Ninguém pode manipulá-la, instrumentalizá-la, eliminá-la. A vinda de uma pessoa ao mundo não é uma realidade apenas biológica. É um evento biológico, psíquico e espiritual. Toca o próprio poder criador de Deus. Não dá para os homens ficarem assim brincando de Deus.