Na Sagrada Escritura, a Palavra de Deus, cujo mês que lhe é dedicado estamos a concluir, vamos encontrar trechos ou citações que se aplicam com muita propriedade às circunstâncias e realidades inerentes à vida humana, sua glória e miséria sobre a face da terra.
Desde os primeiros passos do homem e da mulher no jardim do Éden, livro do Gênesis, até a Jerusalém celeste, livro do Apocalipse, passando pelo Eclesiastes com suas máximas tão conhecidas e sábias do ‘nada há de novo debaixo do sol. O que foi, será. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu‘, podemos encontrar claramente a atualidade da Palavra em nossa vida.
Assim, inspiro-me no livro de Esdras 1,1-6, onde lemos e meditamos a atitude e providências de Ciro, rei da Pérsia, conclamando o povo de Deus para a construção do templo de Jerusalém. Quem pertencesse ao seu povo, se pusesse a caminho e subisse à Jerusalém para construir o templo do Senhor, Deus de Israel.
E todos os seus vizinhos lhes trouxeram toda espécie de ajuda em prata, ouro, bens, animais e objetos preciosos, sem falar em todas as doações espontâneas. Aqui está a atualidade deste texto para o nosso ser e agir como povo seridoense e Igreja de Deus que está nesta região. A pedagogia e estratégia aplicadas à construção do templo, se verifica plenamente em nossas comunidades eclesiais.
O sentimento de pertença e colaboração, são valores imprescindíveis para o processo de construção de uma nova realidade que estamos vivendo no Seridó. É gratificante a constatação de uma cultura de participação e solidariedade que vem se desenvolvendo cada vez mais, através das festas dos padroeiros, dos jantares de confraternização e beneficentes, da dedicação e responsabilidades assumidas gratuitamente por tantas pessoas nos diversos serviços à comunidade.
A colaboração e empenho comunitário na reforma e construção de dez Igrejas ou capelas no âmbito da diocese, sem nos esquecermos dos inúmeros projetos e programas que estão se concretizando nos municípios como fruto de parcerias entre organismos da Igreja, do Governo e de Organizações não Governamentais, nos indicam um tempo de construir vida, trabalho, esperança e participação.