Deus pede aos sacerdotes a oblação de sua existência, da sua capacidade de amar. Sabe que pessoas Deus escolhe para a ordenação sacerdotal? Deus escolhe para serem ordenados homens que tenham duas vocações. A Igreja escolhe, porque vocação quem dá é Deus. Só Ele pode dar. Eles precisam ser chamados a ser padres e precisam com as suas vidas assegurar que são chamados a serem consagrados a Deus na oblação inteira do seu amor, o celibato.
Talvez o mundo se escandalize. Você pode pensar assim: ‘Homens saudáveis poderiam ter família. Não poderiam também servir a Deus como casados?’ Poderiam, mas não foi o chamado que Deus fez. Os sacerdotes não são incompletos por não se casarem. São inteiros e íntegros e felizes. Um padre ou diácono não são pessoas que abafam o seu coração e a sua capacidade de amar. Mas são homens que dilatam o seu coração na medida do coração de Jesus. Isso é ser celibatário.
Não são homens que reprimem sua capacidade de amar. Mas só dá para ser celibatário se forem capazes de amar mais do que todos os outros. Porque a medida que tem de existir no coração do padre é a medida do coração de Cristo. Nada menos.
Nosso Senhor lhes pede outra oblação. A oblação da sua liberdade. Eles são chamados a ser servidores, na pobreza.
O sacerdote também tem de viver a pobreza, a castidade e a obediência. Só pelo fato de serem ordenados eles já têm de ser modelos de pobreza, castidade e obediência, já dizia São Tomas de Aquino. Eles fazem essa entrega e uma forma linda para a qual o Senhor os chamou.
Nosso Senhor os faz servidores da Palavra, anunciadores do Evangelho. Nosso Senhor os faz servidores do Altar da Eucaristia e da caridade.
Vale a pena ser diácono, vale a pena ser padre, porque vale a pena seguir Jesus! Diácono, discípulos. E discípulos em nome d’Ele.
A vocação é essa expressão magnífica do amor de Deus por nós.
Trecho de homilia de Dom Alberto Taveira na ordenação diaconal do seminaristas da CN em 13 de janeiro de 2008
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