A vida da nutricionista Elza Mendonça mudou radicalmente para melhor desde que, há alguns meses, iniciou seu trabalho como voluntária na “Associação Casa da Esperança Dr. Leão de Moura”, na cidade de Cubatão, localizada na região da Baixada Santista. Depois de se dedicar durante anos aos cuidados com os filhos, Elza se sente mais realizada, na medida em que contribui para o bem-estar de centenas de pacientes atendidos pela Entidade. “Quando as crianças me abraçam e dizem que estavam com saudade, sinto que estou realmente fazendo a diferença”, afirma.
A Associação é uma referência de qualidade no cuidado aos portadores de necessidades especiais em toda a região. Um trabalho pioneiro, que surgiu em 1980 e representou, literalmente, a esperança para centenas de famílias que puderam ver suas crianças recebendo atendimento de excelência por meio de especialistas, profissionais e voluntários que atuam no espaço. As facilidades também incluem o translado dos portadores de necessidades especiais, que são fisicamente mais comprometidos, de sua casa à Instituição. O transporte é feito por veículos cedidos pela prefeitura local.
A transformação na vida das pessoas assistidas, bem como na rotina de suas famílias, é impressionante. O pequeno M., por exemplo, portador de paralisia cerebral, mal se movimentava quando passou a freqüentar o local, logo no início da atuação da Instituição, no começo dos anos 80. O fato de ter recebido cuidados nos primeiros anos de vida foi essencial para o sucesso de seu desenvolvimento. Com cerca de quatro anos, M. já andava, movimentava as mãos e se expressava através de gestos e de alguns sons. Pode parecer pouco, mas para sua mãe, Irene, cada gesto do menino era uma grande vitória. “Não sei o que seria de mim sem a Casa da Esperança”, afirmou.
É bom lembrar que no começo dos anos 80, principalmente em comunidades carentes, ser portador(a) de paralisia cerebral representava autonomia zero e uma vida praticamente vegetativa.
Hoje, com uma atuação consolidada, o local atende 400 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos de idade, moradores de Cubatão e de toda a região da Baixada Santista. Portadores de deficiências física, mental, sensorial e múltiplas, oriundos de famílias carentes recebem o tratamento totalmente gratuito. Cabe ao setor de Neuropediatria fazer a avaliação global deles para posterior encaminhamento aos demais setores competentes.
A presidenta da Associação, Maria Aparecida Pieruzi de Souza, sócia-fundadora da Casa da Esperança, a qual preside há 16 anos, ressalta que a Associação está sendo ampliada com a construção de um prédio de três andares ao lado da casa atual. “O objetivo é ampliar os atendimentos e as instalações, proporcionando melhor funcionalidade às atividades desenvolvidas”, explica.
O espaço propicia atendimentos ambulatoriais e clínicos, exames audiométricos, atividades esportivas, culturais, lazer e atendimento assistencial. É importante destacar que qualquer pessoa pode contribuir com a Entidade por meio de doações. Basta se informar pelo telefone (13) 3361-1288. O projeto também está aberto a visitações e fica na Rua XV de Novembro, número 180, no bairro da Vila Nova, em Cubatão.
Com a nossa visita à Casa da Esperança, comprovamos, uma vez mais, que as verdadeiras Lições de Vida estão fundamentadas no amor ao próximo e nas experiências que envolvem o trabalho e a solidariedade.
Que a dádiva de fazer o bem seja sempre um desejo e uma realidade para todos.