Caro internauta, depois de conhecermos a origem da palavra “sacramentos” e de descobrirmos a importância daquilo que conhecemos como “matéria” e “forma”, chegou o momento de falarmos mais especificamente sobre cada sacramento. Começaremos, portanto, pelo Batismo. Caso você não tenha assistido o conteúdo que já foi postado, sugiro que o faça. Assim, você terá uma base mais ampla para compreender mais profundamente este, e todos os demais sacramentos.
O sacramento do Batismo é o primeiro deles. É o fundamento de toda a vida cristã e a porta que abre acesso para os demais sacramentos. Nesse sentido, o Batismo encontra-se na categoria dos sacramentos de iniciação cristã.
O verbo “batizar” é de origem grega e significa “mergulhar”. Uma vez batizados, somos libertos de todos os pecados. Além disso, por meio desse maravilhoso sacramento, nos tornamos filhos de Deus e membros de Cristo, em outras palavras, somos incorporados à sua Igreja e feitos participantes da sua missão. Gregório de Nazianzeno, um grande teólogo católico do século quarto, afirmou que o Batismo é o mais belo e magnífico dos dons de Deus porque é conferido àqueles que não trazem nada.
Nós encontramos na Bíblia diversas passagens que fala acerca do Batismo, por exemplo, no Evangelho de Mateus vemos uma ordem feita diretamente por Jesus: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).
A matéria e a forma do sacramento do Batismo
A matéria do sacramento do Batismo é a água natural, portanto, não vale batizar com qualquer outro tipo de líquido, por exemplo, saliva, vinho, sumo de frutas enfim, nada que não seja água verdadeira e natural. A esse respeito, São Tomás de Aquino fala algo muito interessante: uma vez que o Batismo é o mais necessário dos sacramentos, convinha que sua matéria pudesse ser facilmente encontrada por toda a parte, água natural.
A forma do sacramento é constituída pelas seguintes palavras da parte de quem o administra: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Se prestarmos atenção nessa fórmula, vamos notar cinco coisas essenciais: a pessoa que batiza (“eu”); a pessoa batizada (“te”); a ação de batizar (“batizo”), a unidade da natureza divina (“em nome” no singular) e, por fim a distinção das três Pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo).
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O Batismo nos alcança a remissão do pecado original e, nos adultos, a remissão de todos os pecados pessoais, quer mortais, quer veniais. Por esse sacramento também são perdoadas todas as penas devidas ao pecado. Aos regenerados pelo Batismo não existe nada que os possa impedir de entrar no Reino de Deus.
O caráter batismal
A Igreja nos ensina que o Batismo validamente recebido imprime na alma uma marca espiritual indelével, ou seja, uma inscrição inapagável, permanente. É o sinete inextinguível de Deus cravado “ad aeternum” em nossas almas. Visto que esse sacramento imprime caráter, ele não pode ser repetido, batiza-se, portanto, uma única vez.
Apenas a título de informação, em caso de necessidade extrema, qualquer pessoa, mesmo que não batizada, pode batizar outra pessoa, desde que tenha a intenção requerida e utilizando a fórmula batismal trinitária. Cabe ressaltar que, esse tipo de Batismo é permitido para as situações extremas, jamais podendo substituir aquele concebido dentro dos trâmites ordinários realizados pela Igreja.
Chegamos, portanto, ao fim de mais um artigo. Espero que tenha gostado! Gostaria muito que você deixasse algum comentário sobre o conteúdo e, é claro, indicasse para alguém. Vamos fazer com que esse conteúdo elaborado com tanto cuidado e carinho chegue a muitas outras pessoas. Posso contar com a sua ajuda nessa missão? Sei que posso!
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