Caro internauta, por meio desse artigo, estamos dando início a uma série muito interessante sobre os sete sacramentos que a Santa Igreja Católica administra incansavelmente. Para tal, dedicaremos um artigo específico para cada um deles. Antes de entrarmos propriamente em cada sacramento, porém, estabeleceremos algumas premissas fundamentais para que o assunto seja mais profundamente compreendido. Sendo assim, os dois artigos iniciais serão como que uma espécie de bônus que nos darão base para melhor compreensão do assunto.
Para falar dos sacramentos da Igreja Católica, nada mais justo que conheçamos, preliminarmente, um pouco mais sobre o termo “sacramento”. De modo geral, a maioria dos cristãos católicos já está bem familiarizada com essa expressão. Quando se fala em “sacramento”, portanto, logo se pensa no batismo, no matrimônio, na Eucaristia dentre outros. Essa associação está corretíssima, porém, para que esse termo fosse associado a todos esses atos sagrados, todo um caminho foi percorrido.
A origem do termo “sacramentos”
O termo “sacramentum”, originariamente, significava o juramento militar prestado pelos legionários romanos. Um jovem, por exemplo, para se tornar um soldado romano deveria fazer uma espécie de juramento militar, ou seja, um ritual de entrada ou de iniciação numa nova forma de vida, um compromisso sem reserva, um serviço fiel até o risco de morte. Portanto, ao fazer esse “sacramentum”, ou esse “juramento”, o soldado ligava-se ao seu superior com o dever de obediência irrestrita às suas ordens. Podemos, então, concluir que o sacramento possui, ao mesmo tempo, um aspecto jurídico (juramento ou um contrato) e um aspecto sagrado (esse juramento era sagrado).
Agora, nós já podemos entender melhor a definição dessa palavra. A palavra latina “sacramentum” significa, etimologicamente, algo que santifica (res sacrans) e equivale ao vocábulo grego “mysterion”, ou seja, coisa sagrada, oculta ou secreta. Portanto, “sacramento” foi a palavra escolhida em latim eclesiástico para traduzir “mysterion”.
O que a Igreja ensina sobre os sacramentos?
O Catecismo da Igreja Católica, no número 1131, oferece-nos a seguinte definição: “Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dada a vida divina.
A noção de sacramento inclui os seguintes elementos:
É uma “coisa sensível”, isto é, algo que o homem é capaz de perceber pelos sentidos corpóreos (água no batismo, o pão e o vinho na Eucaristia etc.);
Essa coisa sensível é, por outro lado, “sinal de outra realidade (a ‘vida divina’ ou ‘graça’);
Foi instituído por Jesus durante a sua vida terrena;
Está ligado de maneira inseparável à Igreja;
Possui uma eficácia sobrenatural para produzir a graça na alma de quem recebe.
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Símbolos dos sacramentos
Quero chamar atenção para uma coisa bem interessante, a realidade material envolvida no sacramento não foi escolhida por Jesus de qualquer maneira. Trata-se de algo palpável do plano da natureza para mostrar o que Deus quer realizar no plano sobrenatural, por exemplo: a água para lavar; o óleo para curar e para fortificar; o pão para fortificar. Determinou também que juntamente com essa realidade material houvesse a palavra pronunciada para que o efeito santificador acontecesse.
Temos, portanto, algo muito importante para trabalharmos no artigo vai tratar sobre a matéria e a forma. A matéria é, por exemplo, a água, o óleo, o vinho. Por sua vez, a forma (ou fórmula) são aquelas palavras pronunciadas em cada sacramento (“eu te batizo em nome do Pai…”; “eu te absolvo em nome do Pai”).
Deus abençoe você e até a próxima!