Lembro-me como se fosse hoje. Que dia 11 de setembro de 2001!
Na época, eu trabalhava na Revista Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). Um amigo nosso de São Paulo ligou e disse-me: Marina, liga a TV porque aconteceu uma tragédia nos Estados Unidos! Todos nós ficamos atônitos com as imagens da destruição das Torres Gêmeas! Que atrocidade!
Passaram-se cinco anos, e, agora, estamos morando na missão da Canção Nova dos Estados Unidos.
No dia 11 de setembro de 2006, logo cedo, liguei a TV e assisti a cenas comoventes. Mães chorando as perdas dos filhos; esposas chorando a perda dos maridos; filhos chorando a perda de pais; amigos chorando a perda de amigos. Vi uma nação sofrendo, juntos, a dor das pessoas que morreram, nesse dia tão traumático.
Em meio a tantas homenagens, fui levada a meditar sobre a morte, a nossa única certeza do amanhã, e que, muitas vezes, chega inesperadamente.
O que pensar? Pensar que esta América é realmente um doce lar, que acolhe a tantos estrangeiros! Onde o trabalhador é valorizado e o dinheiro que ele recebe lhe oferece poder de compra. Tenho visto muitos brasileiros fazendo trabalhos de faxina, de pedreiro e de garçon, conseguindo comprar casa própria, carros e até freqüentando bons restaurantes. Sendo que no Brasil, talvez, jamais conseguiriam ter tal padrão de vida. Entretanto, muitos vivem demasiadamente centrados no trabalho, pensando somente no bem-estar terreno, esquecendo que estamos aqui de passagem, rumo à nossa Pátria definitiva: o Céu.
Na noite do dia 11 de setembro, o Presidente George W. Bush falou, em Rede Nacional, que, nesses cinco anos, já morreram cerca de 3 mil soldados americanos em guerras, defendendo a Pátria. Ele afirmou também: Nós lutamos porque somos contra os ditadores e defendemos a liberdade.
Alguns brigam em nome de Deus; outros, em nome da Nação! E o que a Palavra de Deus nos revela é que a violência gera violência e que o amor gera amor.
O egoísmo ataca…destrói…dilacera corações…gera guerras… causa mortes!
O que meditar? Imaginei as pessoas que, naquele dia terrível, viveram os seus últimos minutos… a tripulação e os passageiros dos aviões, que foram lançados contra as Torres Gêmeas e os funcionários que trabalhavam lá. Será que estavam preparados para morrer? Será que tiveram tempo de pedir perdão a Deus pelos seus pecados? Lembrei-me da Palavra de Jesus, que diz: Vigiai, pois, porque não sabeis a hora que virá o Senhor (Mt 24,42).
Padre Jonas, nosso fundador, nos ensina um segredo que se chama O Retiro da Boa Morte e convida toda a comunidade para, mensalmente, colocar tudo em ordem, as nossas coisas pessoais, o nosso armário, nossas gavetas e, acima de tudo, buscar a confissão para limpar o nosso interior como se fosse o último dia da nossa vida. Para isso, ele acrescenta: O segredo para viver bem é estar preparado para bem morrer.
Neste Dia de Finados, vamos aproveitar para meditar sobre a nossa única certeza do amanhã: “a irmã Morte”, como dizia São Francisco de Assis!
Deus abençoe a todos nós, e que, estejamos preparados para a chegada da nossa partida e a dos nossos entes queridos.