“Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. Contudo, eu vos disse que me vistes, mas não credes. Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6, 35-40)
Este texto de João é, sem dúvida, um discurso sobre a Eucaristia. O autor faz uma comparação com o pão que comiam os filhos de Israel no deserto, quando saíram do Egito. A mensagem central é que Jesus é o Pão da Vida e, para ter a vida eterna, devemos comer deste pão. Vida e comida são duas coisas que vão unidas. Quem crê em Jesus terá o pão da vida e a vida eterna. Este texto reforça nossa fé na Eucaristia. Cada vez que nós achegamo-nos à mesa do Senhor, devemos renovar em nós mesmos a consciência de receber o pão que nos dá a vida. Com quanto fervor devemos celebrar ou participar da Eucaristia!
Mas não devemos nos escandalizar se alguma vez nossa fé parecer não penetrar mais no mistério da Eucaristia. A mesma dificuldade tiveram aqueles que escutaram o discurso de Jesus em Cafarnaum. Se nossa fé parece débil, não devemos nos desesperar ou desanimar; mais bem é que devemos repetir como São Pedro: “Senhor, a quem iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos que Tu és o Filho de Deus!” (Jo 6, 68-69)