O Arcebispo do Paraná e presidente da Conferência Episcopal Argentina (CEA), Monsenhor Estanislao Karlic, afirmou nesta semana que se faz necessário ‘reconhecer os pecados com arrependimento sincero‘ pois somente um ‘propósito firme de mudança de conduta’ poderá nos levar a resolver os problemas contemporâneos.
Na Eucaristia de abertura pela 82º Assembléia Plenária da CEA, o prelado explicou que se deve mudar ‘abandonar toda corrupção moral na família e na sociedade, na economia e na política, para não mentir nem roubar, para não odiar nem oprimir, para realizar a justiça e a solidariedade, para defender a vida e a família, para reconciliarmos na sociedade, a cada um no âmbito de sua vida cotidiana‘.
Da mesma forma, o bispo convocou à ‘difícil e sacrificada’ tarefa de responder aos problemas contemporâneos e recordou que ‘ainda que nossos males são profundos e prolongados, não por essa razão mudou nosso destino divino’.
‘Estamos sempre ante ao mistério da iniqüidade do pecado e ao mistério de piedade da misericórdia de Deus. É o combate espiritual que devemos enfrentar: indivíduos e povos’, afirmou o Prelado.
O prelado destacou a importância da exortação apostólica Novo Milênio Ineunte que, durante o recente Sínodo dos Bispos, permitiu considerar ‘com sabedoria e serenidade a situação de nosso mundo convulsionado pelos males tremendos da pobreza, enfermidade e guerra, que adquiriu em nossos dias a forma espantosa do terrorismo’.
Um mundo, o qual também descreveu como ‘obscurecido pela falta de verdade e certeza, entristecido pela orfandade de Deus Pai; perplexo ante a contradição de uma liberdade que escraviza ao outro que é menor, de uma igualdade e uma fraternidade que não se realizam pelos egoísmos de indivíduos, de grupos e nações’.
O arcebispo assegurou que com o Papa João Paulo II queremos dizer que ‘as estruturas do pecado só poderão ser vencidas mediante o exercício da solidariedade humana e cristã para a qual a Igreja convida e promove incansavelmente’.
‘Somente uma solidariedade baseada no amor e o fruto do mesmo oferecerá esperança de um fundamento estável à construção de uma sociedade justa e fraterna‘, concluiu.
Fonte: ACI