Complementaridade

Somos diferentes. Será que pode dar certo?

O que você entende por diferenças? Tratando-se de um relacionamento, o que é o melhor: ser igual ou diferente? A meu ver, diferente é melhor, pois a própria definição da palavra nos mostra a necessidade de sermos diferentes para criarmos um relacionamento, principalmente, a dois. Em um relacionamento, precisamos dessa distinção, sermos dois em busca do um sem nos confundirmos.

Sermos desiguais nos permite viver a complementaridade tão necessária para que o relacionamento aconteça. Por isso, costumamos dizer que as coisas casam: a tampa com a panela; o pé com o sapato; a porca e o parafuso entre outros. Com o ser humano também acontece isso. Precisamos ser diferentes para casar.

Somos diferentes

Foto ilustrativa: jacoblund by Getty Images

É para isso que namoramos e noivamos, a fim de descobrirmos a alegria das diferenças que nos casam

É para isso que namoramos e noivamos, a fim de descobrirmos a alegria das diferenças que nos casam e, consequentemente, levam-nos ao matrimônio. Portanto, precisamos viver bem cada etapa, valorizando cada descoberta, pois elas serão o sustento contra a monotonia causada pela igualdade. Para nós, tem sido uma descoberta diária entre nós, que nos leva a viver a complementaridade e nos impulsiona a vivermos melhor.

Percebemos que o próprio Deus, em Seu ato criador, criou-nos diferentes: homem e mulher. Cada qual com suas características físicas e psíquicas, as quais precisam ser descobertas e respeitadas, para que a cumplicidade aconteça e desmascaremos o egoísmo, o orgulho, a acomodação, a preguiça, a autossuficiência etc.

Como vimos, a diferença nos faz variáveis, por isso somos capazes de nos render às mais diversas situações de acordo com a necessidade do outro. Na verdade, não existe uma fórmula para a felicidade em um relacionamento, o que sabemos é que todo homem e mulher vocacionados ao matrimônio encontrarão a pessoa criada por Deus, que “case” com ele e com ela. Afinal, cada ser humano é único, portanto, somos todos diferentes.

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Por isso, dizemos: a cabeça pode pensar de forma diferenciada, mas o coração deve bater junto naquilo que nos sustenta e dá base para o dia a dia: os ensinamentos da Palavra de Deus. “O Senhor Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada’. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,18-22;24)

Acredite: ser diferente faz diferença! Não desanime, porque, com Jesus, tem jeito!

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Carla Astuti e Cleto Coelho

Carla Astuti e Cleto Coelho, missionários da Comunidade Canção Nova, são casados há 22 anos. Juntos, eles defendem o casamento.
Além das atividades missionárias do dia a dia, Carla apresenta o programa ‘Trocando Ideias’, semanalmente, na TV Canção Nova, e, ao lado do marido, prega encontros para casais.
Idealizador do projeto “Tem Jeito!”, Cleto trabalha no Núcleo Social da Canção Nova e é diretor espiritual em peregrinações à Terra Santa, aos Santuários Marianos e Franciscanos.
Autores de livros publicados pela Editora Canção Nova.