Os pais pode nos ajudar em nossas experiências sentimentais?
Chega um momento em que nossos filhos começam a trilhar seus próprios caminhos. Ainda que tenham 20, 30 ou 40 anos, serão eternamente crianças para os pais. Embora, já possam fazer suas próprias escolhas, continuam sendo motivo de zelo e preocupações. Certamente, muitos questionamentos habitarão os pensamentos dos genitores quando perceberem que seus “pequenos” estão envolvidos em experiências sentimentais.
Os comportamentos vividos, nos dias atuais, são bem diferentes dos de 30 ou 40 anos atrás. Atualmente, outro tipo de relacionamento ganhou um espaço intermediário entre a amizade e o namoro. Para os mais velhos, era conhecido como “amizade colorida”, para os nossos adolescentes seria o “ficar”. Renovou-se a denominação, mas, continua a atitude caracterizada pela falta de compromisso na vivência de um “pseudonamoro”.
Dividir os sentimentos
Algumas pessoas, quando se vêem sozinhas ou talvez experimentando certo tipo de carência afetiva, permitem-se um envolvimento com a superficialidade de um relacionamento sem vínculos, um namoro instantâneo, sazonal ou, em outros casos, um namoro que não consegue aprofundar suas raízes. A ausência do vínculo, talvez, a falta de responsabilidade e a valorização dos sentimentos, por parte dos namorados ou ficantes, certamente, preocuparão aqueles que têm a experiência de vislumbrar o que os mais novos não conseguem enxergar, podendo ser para estes a ajuda perfeita para o melhor discernimento.
É natural do nosso ser partilhar as coisas que nos acontecem – sejam elas boas ou más – com aqueles que amamos. Se o que se vive no coração traz alegria ou apreensão, por que não dividir tal sentimento com os pais? Infelizmente, algumas pessoas não cresceram experimentando a vantagem de dividir com os pais suas dúvidas e crises; outros, que já as viveram, podem estar se afastando de tal riqueza.
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Compromisso
Os pais, na sua sabedoria, perceberão a necessidade de acolher dos filhos “o sagrado” apresentado na conversa como um segredo de confissão. Longe de uma formalidade ou um hábito mantido por gerações, a vantagem desse diálogo está em beneficiar os filhos, com o apoio e direcionamento incondicional dos pais, que não hesitarão em oferecer todas suas experiências vividas anteriormente a eles. Estes não terão a confiança diminuída, tampouco, suas vidas serão controladas com “mão de ferro”, simplesmente, pelo fato de os pais tomarem conhecimento daquilo que os afligem. Entretanto, se o segredo do filho, exposto na conversa, for revelado, comprometerá a credibilidade e a confiança depositada naquele que poderia ser a ajuda.
Assim, para o filho, faz-se necessário a coragem de partilhar seus sentimentos. E para o pai, por sua vez, o compromisso de honrar o segredo do filho e orientá-lo.
Que Deus abençoe pais e filhos!