O namoro é um tempo maravilhoso, cheio de atração, beleza, gestos de amor e carinho, mas tem hora que só o carinho, a beleza e as palavras já não satisfazem. Queremos mais! O corpo “grita”, pois a pessoa a nossa frente é para nós a mais bela, aquela com quem queremos seguir em frente, aquela com quem pensamos: “Sim, vamos nos casar! Então, para que esperar?”.
Esse é o perigo do namoro. Qual a hora de parar e não avançar o sinal? Existe o momento certo para se dizer “chega!”? Como, então, reconhecê-lo?
Respeite seu limite e saiba a hora de parar
Antes de tudo, é necessário que você descubra o seu “ponto de parada”, ou seja, além desse ponto, você não deve avançar, pois esse é o seu limite. E quando ele é ultrapassado, o que acontece? Você acaba extrapolando!
Talvez para você, rapaz, o limite seja a mão que começa a escorregar pelo corpo da sua namorada e daí você não consegue mais parar, a tal da “mão boba”. Talvez, minha jovem, o limite para você seja aquele beijo mais demorado – um beijo de língua por exemplo –, que pode deixá-la bem excitada e pronta para algo que não está na hora de acontecer. Aqui, faz-se fundamental aquele diálogo franco e aberto entre vocês dois para a descoberta dos limites que estão sendo extrapolados.
O namoro tem seus limites
Veja: no namoro, é preciso o beijo e o toque físico nos lugares certos: no rosto, nos cabelos, nos braços… Bom, vamos parar por aí, não é mesmo? A tal da “mãozinha boba” vai querer passar desse lugar para outros muitas vezes. O beijo mais fervoroso vai começar rápido; depois, com um pouquinho mais de tempo; mais tarde, bem mais demorado. E daí? Onde isso vai parar?
Quando namorávamos, meu esposo e eu passamos por vários momentos assim, quando alcançávamos o nosso limite. À medida que fomos nos conhecendo, já sabíamos o que nos excitava mais. Fomos percebendo o ponto em que a mão escorregava, em que o beijo ficava mais longo e profundo do que poderíamos aguentar. Bom, somos de carne, sangue e muitos hormônios!
Tivemos, então, que ter atitude e tomar nossas decisões. Tivemos que determinar o nosso limite.
Se, em certa época, estávamos avançando no beijo – o avanço é só você que reconhece, e vamos ser sinceros: você não é bobo e sabe muito bem onde o fogo está acendendo ou já está mais do que aceso –, então fazíamos uma penitência. Numa Quaresma, ficamos quarenta dias sem beijo de língua, só ficamos dando aquela “bitoquinha”. Numa outra época, ficamos por alguns dias sem nos abraçar de frente, evitando assim ficar com o corpo bem coladinho.
Recordo-me também que houve um tempo no qual meu namorado (hoje meu esposo), deixava-me plantada na porta de casa, quando tinha chegado, a poucos minutos, dizendo: “Meu amor, hoje não dá! Não consigo ficar aqui perto de você namorando, pois estou muito excitado”. Na hora, eu não entendia aquela reação dele; só depois fui entender: ele estava no limite dele e não queria extrapolar. Por muitas vezes, paramos, paramos tudo, e começamos de novo. Esfriamos o que estava “quente” demais!
Castidade
De tempos em tempos, de atitude em atitude, de decisão em decisão, toca-se no limite e, ali, para-se tudo. É muito importante que você compreenda a seriedade e a grandeza dessa decisão de parar tudo. Nessas horas, para salvar o seu namoro, é preciso parar tudo e começar de novo. É preciso olhar e pensar no prêmio da castidade que podemos oferecer a Deus e ao futuro esposo (ou esposa) no Sacramento do Matrimônio.
Para-se tudo, porque se ama e quer se dar por inteiro no tempo que será para sempre, e não agora no tempo que é transitório, de conhecimento dentro do relacionamento a dois, de preparação para o noivado e o casamento.
Ocorre também algo maravilhoso: quando você toma essa decisão de não extrapolar o seu limite, você acaba percebendo que não está só nessa opção pela santidade. A graça de Deus se faz presente! Todo casal de namorados pode e deve! contar com o Espírito Santo como seu fiel aliado. Um casal que busca uma vida de intimidade com o Senhor pela oração adquire muito mais força e determinação para respeitar os limites dentro do relacionamento afetivo.
Existe limite no namoro? Sim. Tudo na vida tem limite. O namoro também o tem. E se você já o alcançou, pare, pare tudo e retome, decidindo-se pela santidade. Valerá a pena e eu posso testemunhar!