''Apaixonei-me por meu amigo''

Qual seria a fronteira que separa as diferentes maneiras de encarar os sentimentos que experimentamos com essa ou com aquela pessoa? Que limites poderiam nos valer como alerta a respeito dos diferentes tipos de relacionamentos?

Se fosse possível estabelecer para os nossos sentimentos fronteiras, poderíamos nos deparar com uma tênue linha.

Assim como o valor de um diamante se concentra na ausência de impurezas, nossos sentimentos, da mesma forma, precisam ser valorizados, eliminando as impurezas que podemos colocar neles, quando nos sentimos perdidos no “oceano” de nossas carências.

De alguma maneira, trazemos certos tipos de carências que precisam ser identificadas e sanadas, a fim de não poluir o que já foi estabelecido ou o que ainda está por se estabelecer em nossos convívios. Tal compromisso não isenta os que são apenas amigos, namorados, mas também os que já vivem um estado de vida definido.

Nossas afinidades nos levam a “baixar a guarda” de nossos medos e receios. Sem perceber, está estabelecida uma reciprocidade, em que, ao conhecer bem com quem estamos nos relacionando, não hesitamos em partilhar nossas conquistas, vitórias, alegrias, medos, sonhos e, até mesmo de partir em sua defesa, se necessário for.

Quando acontece esse tipo de partilha dentro do casamento isso faz com que os cônjuges se tornem mais apaixonados. Imaginemos os resultados quando o mesmo ocorre em outras esferas de nossos relacionamentos. A preocupação e o carinho, recebidos por parte de um(a) amigo(a), poderiam facilmente ofuscar nossa visão, a ponto de acharmos que estamos apaixonados ou vivendo um outro tipo de amor, platônico ou não, por ele(a).

A paixão, que imbui os nossos sentimentos, enobrece o zelo e o cuidado mútuo, fundamentando e valorizando fortemente os laços que envolvem nossos relacionamentos.

A fronteira que separa e define o que sentimos está na clareza do que estamos buscando fundamentar em nossos relacionamentos. A situação não parece complicada quando buscamos entender e superar nossas carências, que facilmente podem nos confundir.

Deus abençoe nossas amizades!