Segunda semana da Quaresma Saulo, entretanto, respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho. Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, de repente viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saul, Saul, por que me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer” (At 9,1-5).
Como Saulo, que depois se tornou Paulo, nossos caminhos nos proporcionaram uma graça, a maior de todas: o encontro com Jesus Cristo.
Na primeira semana da Quaresma, muitas surpresas podem ter ocorrido ao defrontar-nos com nossa situação humana. Quem sabe até descobrimos estar perseguindo Jesus! É que Ele se esconde e se mostra no próximo com o qual nos encontramos todos os dias. Ou podemos ter visitado páginas de nossa história que gostaríamos de ver arrancadas! E Deus nos levou ao deserto, alimentou-nos e sustentou-nos com sua Palavra de Vida.
Parece contraditório, mas a segunda semana começa com uma nova figura ou com transfiguração! É uma nova etapa do Caminho, e ele é sempre caminho de Páscoa! Os discípulos Pedro, Tiago e João, companheiros medrosos e ao mesmo tempo fiéis de Jesus em todas as jornadas, sobem com Ele ao monte da Transfiguração, que a tradição localizou no Tabor.
Olhar para Jesus, estar junto com testemunhas qualificadas como Moisés e Elias, entrar na nuvem com Jesus, ouvir a voz do Pai. Não são experiências exclusivas dos discípulos que, depois da Ressurreição de Jesus, espalharam a notícia. Subamos com eles ao monte, superando as dificuldades do caminho.
Durante a segunda semana do Retiro Popular, que a Palavra do Senhor se torne cântico para ritmar os nossos passos em nossa terra de peregrinos. Mesmo que a vida seja corrida, fazer retiro pede um tempo dedicado ao Senhor. Além disso, o Retiro será um modo de iluminar suas atividades cotidianas.
“Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, venha a vossa salvação”.
Gn 12,1-4a
Sl 32 (33),4-5.18-19.20.22 (R/. cf. 22)
2Tm 1,8b-10
Mt 17,1-9