“Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica” (Símbolo Niceno-Contantinopolitano).
Estamos nos aproximando da grande Festa de Todos os Santos, a qual, no calendário civil, aparece no dia 1º de novembro, mas para que o maior número possível de fiéis possa participar dela, foi transferida para o domingo seguinte, quando numa única celebração, com uma linda Liturgia, vamos louvar a Deus, destacando todos os homens e mulheres que viveram, pela graça de Deus e pelo empenho pessoal, as Bem-Aventuranças de forma exemplar. Por esta razão, os santos são nossos intercessores junto de Deus.
Ao nos aproximarmos desta solenidade, vamos destacar a santidade da Igreja. É comum encontrarmos pessoas que fazem críticas destrutivas e infundadas à nossa Igreja, provavelmente, por conta da pouca formação ou ainda movidas por más intenções, ignorando todo o bem que ela tem feito ao longo dos seus mais de 2 mil anos de história, trabalho, missão, vida e serviço.
A Igreja Católica é santa, porque ela nasceu pela misericórdia de Deus. Ela é de Instituição Divina. “Jesus é a Cabeça da Igreja, que é o seu corpo (Cl 1,18). A Igreja Católica é santa porque tem como fundamento o Amor de Deus; os Apóstolos como colunas que a sustentam; e o manto sagrado de Nossa Senhora a cobre contra as ciladas do “dragão furioso” que insiste em perseguí-la (Ap 12, 13). A Bíblia é a Carta Magna que rege a missão dela e ilumina os trabalhos dela. A Igreja Católica é santa porque foi “batizada” pelo fogo do Espírito Santo em Pentecostes!
Alguém pode perguntar: “Mas, padre, a Igreja não erra? Não peca?” Os erros cometidos, no passado ou no presente, não são da Igreja enquanto Instituição Divina, mas sim, dos homens. E justamente por ser uma Instituição Divina é santa. O erro é sempre conseqüência da ação humana. Deus permitiu que nós, seres humanos, nos tornássemos membros desta instituição. Encontramos, claramente, na Bíblia o ensinamento que diz: “Cristo é a Cabeça da Igreja e nós somos os seus membros” (1 Cor 12, 12s). Sendo assim, a Igreja, que é santa, nos abriga e nos acolhe no seu seio de Mãe, apesar de estarmos sujeitos à fraqueza e ao pecado. Onde está o homem, está presente a possibilidade da limitação e do erro. Jesus nos escolheu para fazermos parte da Missão d’Ele, tornando-nos membros da Igreja d’Ele. Ele conhece o ser humano por dentro e por fora. Foi o Senhor quem disse: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (Jo 8,7).
É muito importante termos esta distinção bem clara: A Igreja Católica é santa e pecadora. Santa, porque veio de Deus. Pecadora, porque fazemos parte dela. Mas, nem as perseguições do diabo nem nossos erros terão força capaz de destruí-la. Pois, Jesus deixou esta garantia: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificareis a minha Igreja, e as portas do inferno nunca pervalecerão contra ela” (Mt 16,18).
Um outro ponto pertinente é o equívoco que os críticos mal intencionados ou mal informados cometem, que é a generalização. Ou seja, não é porque um membro da Igreja cometeu um erro que toda a Igreja errou. Os nossos erros não são da Igreja como um todo. Mesmo que algum equívoco tenha sido cometido em alguma época remota da história, ou na atualidade, por algumas pessoas, a Igreja não perde a santidade. Pois a santidade da Igreja está acima dos pecados humanos!
Com o coração aberto e livre de todo e qualquer preconceito ou equívoco, olhemos com sinceridade para a história e vejamos que a Igreja Católica está presente em todas as áreas possíveis e imagináveis da vida humana. Ela atua como mãe junto às crianças, jovens e idosos; auxilia as famílias; atende os moradores de rua, resgatando a dignidade deles; num trabalho gigantesco socorre os pobres e miseráveis a ter o pão nosso de cada dia e também a receberem o Pão Vivo descido do Céu, que é o próprio Jesus. A Igreja, imitando a Jesus, socorre os enfermos do corpo e da alma. E ainda como mestra, ajuda muitas pessoas a saírem da “caverna escura” da ignorânica e descobrirem a fonte clara do saber, por meio de cursos de alfabetização, catequese e evangelização.
Que pela graça de Deus, cada leitor deste humilde artigo e cada batizado, que acessar este portal, seja tocado e motivado a buscar a santidade vivendo a fé com alegria e testemunhando Jesus Cristo com entusiamo. Vençamos o medo e a timidez e sejamos católicos convictos, fervorosos e cheios de confiança no Senhor, para que mais e mais pessoas descubram e reconheçam a santidade da Igreja Católica!