A oração pode brotar por diversos motivos segundo os clamores do nosso coração
Orar é colocar-se em íntima união com o Pai, por Cristo, unidos no Espírito Santo. Nossas orações sempre são trinitárias, pois é impossível estarmos unidos com o Pai sem estarmos unidos com o Filho e o Espírito Santo. Impossível estarmos unidos ao Espírito Santo sem estarmos unidos com o Pai e o Filho.
O diálogo da fé, que também conhecemos como oração, nasce sempre de uma necessidade. Importante é termos consciência de que essa necessidade, a qual nos impulsiona à oração, nem sempre terá como objetivo a petição. A necessidade da oração pode brotar por diversos motivos segundo os clamores do nosso coração.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Há momentos em que temos a necessidade de agradecer. A oração que brota da gratidão vem da necessidade de render à Trindade Santa os louvores pelas dádivas alcançadas ou simplesmente pelo reconhecimento da bondade divina presente em nossa vida.
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Mendigos suplicantes
Temos, contudo, a necessidade de pedir. Somos mendigos suplicantes. Diante dos limites humanos, o nosso coração tem a necessidade de um auxílio divino. Sozinhos nosso peregrinar torna-se muito difícil, e faz-se necessário a presença de um Auxílio Divino que nos ajude a carregar o pesado fardo de nossas limitações humanas.
Na oração, nossa humanidade encontra-se em um nível íntimo e profundo com a divindade. É um encontro de esperança e paz. Na ternura trinitária, somos acolhidos na situação em que nos encontramos. A única exigência necessária é um coração aberto e sincero. Onde há disponibilidade, o diálogo acontece. Falamos e escutamos; e quando as palavras cessam, o silêncio se torna intimidade e as palavras já não são mais necessárias, porque o coração humano se fez um com o coração divino.
As trevas da incompreensão
Diante do incompreensível da vida, a luz do amor divino ilumina as trevas da incompreensão; então, somos guiados pelo caminho da paz. A ponte entre nossa condição humana e a ternura divina chama-se oração. O que nos liga a Deus é o desejo sincero de, mesmo não sabendo orar, colocarmo-nos diante de Sua presença.
O medo é deixado de lado quando o amor de Cristo nos abraça em nossa finitude. A paz é reconquistada quando o Espírito Santo afasta as tempestades da alma. A segurança espiritual volta ao coração quando o amor de Deus tem livre acesso à nossa alma.
No encontro com a Trindade, encontramo-nos com nosso desejo mais profundo: sermos amados na gratuidade.