Este é o título que o padre Kentenich dá aos cristãos em seu livro “Santidade de todos os dias”. E por que artistas no domínio da vida? Compreendo que o cristão, para testemunhar sua fé, hoje, precisa ser um homem em paz consigo mesmo e com Deus em primeiro lugar, comprovado em sua vida interior e nas lutas diárias, já que a fé é, diretamente, ligada às obras. Homem que supere as incertezas e dúvidas, e que, através de uma profunda união com Deus, receba a força necessária para, em meio às controvérsias dos tempos, não se deixe levar por elas e, assim, imprima a face de Cristo neste mundo.
Conhecer, amar e viver são realidades inseparáveis na vida do cristão. O encanto que tem pelas belezas da vida e sua disposição em viver o momento presente colhendo o bem maior em todas as coisas faz com que ele seja um verdadeiro artista e mestre na arte de viver, tornando-se uma preciosa dádiva de Deus para o mundo.
Como deve ser a postura dos cristãos hoje?
Penso que nossa postura de cristão, hoje, de maneira mais exigente, deve ser alicerçada no nosso ser e agir, e não em palavras. Tem uma historinha que expressa bem o que quero dizer com isso: Conta-se que, em Paris, alguns acadêmicos críticos e maliciosos, informados da vida e atividades do Cura d’Ars e das inúmeras pessoas que iam visitá-lo em peregrinação, combinaram que um deles fosse até lá, a fim de observar os fatos em segredo. Depois, teriam motivos de sobra para suas zombarias. Assim, realmente um deles foi até Ars. Voltando, permaneceu calado e pensativo. E quando cercado pelos amigos que o enchiam de perguntas curiosas e indiscretas, ele apenas respondeu: Calai-vos, irmãos, eu vi Deus num homem!.
A vida de quem viu Deus, seja como for, toma nova direção, e constatamos isso na Sagrada Escritura. Que o nosso testemunho de vida cristã leve muitos ao encontro com o Deus que habita em nós.
Rezarei por você!