Necessário é lutarmos contra tudo aquilo que nos afasta do amor de Deus
Certa manhã, uma criança se aproximou de seu avô e lhe perguntou: “Vovô, dentro do meu coração mora um lobo e uma ovelha. Qual dos dois vai crescer? E seu avô respondeu: !Vai crescer aquele que você alimentar”.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Dentro de nós residem também um lobo e uma ovelha. O lobo se alimenta de nossos pecados e a ovelha da nossa santidade. No entanto, todos os dias, somos influenciados pelas forças do mal que tentam nos afastar do amor de Deus. O inimigo é perspicaz e age silenciosamente nas fontes do sentimento: o coração. Nesse silêncio, o inimigo busca alimentar nosso lobo interior, levando-nos a dizer ‘sim’ ao pecado. O pecado alimenta o mal em nós. Contudo, sempre teremos a liberdade de dizer ‘sim’ ou ‘não’ diante de um ataque do inimigo. As Sagradas Escrituras nos orientam para vencermos as guerras do terrorismo espiritual que o inimigo tenta implantar em nossa alma.
Necessário é lutarmos contra tudo aquilo que nos afasta do amor de Deus: “Façam morrer aquilo que em vocês pertence à terra: fornicação, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça de possuir, que é uma idolatria” (Cl 3,5).
É preciso abandonar sentimentos, palavras e ações que desfiguram nossa identidade divina: “Agora, porém, abandonem tudo isso: ira, raiva, maldade, maledicência e palavras obscenas, que saem da boca de vocês. Não mintam uns aos outros” (Cl 3,8).
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A busca pela santidade nos capacita a alimentar nosso coração com o amor aos irmãos: “Como escolhidos de Deus, santos e amados, vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência. Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês. E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição” (Cl 3,12-14).
A busca pelas coisas do alto nos faz caminhar com o coração em Deus e os olhar de misericórdia para com os irmãos e irmãs: “A sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, pacífica, humilde, compreensiva, cheia de misericórdia e bons frutos, sem discriminações e sem hipocrisia” (Tg 3,17).
Silenciar diante de um ataque é o caminho para não alimentar a maldade no coração de quem busca criar guerras e divisões: “Sem lenha, o fogo se apaga; sem difamador acaba-se a briga” (Pr 26,20).
O caminho da vitória pela paz é reconciliar-se com seus sentimentos: “De onde surgem os conflitos e competições que existem entre vocês? Não vêm exatamente dos prazeres que guerreiam nos seus membros? Vocês cobiçam, e não possuem; então matam. Vocês têm inveja, e não conseguem nada; então lutam e fazem guerra. Vocês não recebem, porque não pedem; e vocês pedem, mas não recebem, porque pedem mal, com intenção de gastarem em seus prazeres” (Tg 4,1-3).
Tudo aquilo que diminui o outro em sua dignidade é um prato cheio de maldade para o lobo engordar a maldade que busca saciar-se com o desrespeito ao próximo: “Irmãos, não fiquem criticando uns aos outros! ” (Tg 4,11).
Para vencer um ataque é necessário cultivar uma vida de oração alicerçada na Palavra de Deus. Nossa alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos.