Jesus apareceu diversas vezes aos apóstolos. De maneira repentina, se fazia visível, e logo depois se tornava invisível, para mostrar que já estava ali com eles. Apenas eles não conseguiam vê-lo, pois os nossos sentidos não têm a capacidade de captar um corpo ressuscitado.
Não se tratava de um espírito era o Seu corpo tanto assim que tinha os sinais das chagas. Ele lhes mostrava as mãos, os pés, com Suas chagas, para lhes tirar todas as dúvidas. Jesus até comeu no meio deles para que percebessem que era Ele mesmo, e não um espírito como Ele mesmo fez questão de explicar:
Olhai as minhas mãos e os meus pés: Sou eu mesmo. Tocai-me, olhai; UM ESPÍRITO não tem carne nem ossos como vós vedes que eu tenho (Lucas 24,39)
É com esse corpo que Jesus está na Eucaristia. É Jesus por inteiro: um corpo que tem carne, sangue e ossos; mais ainda, um corpo humano de alguém que sente, ama e perdoa.
Jesus quis concretizar a Sua presença na hóstia, sob as espécies de pão e vinho, para que compreendêssemos que a Eucaristia que recebemos é o Seu corpo, que vem a ser presença, remédio, cura, alimento e força para nós.
Assim como o alimento nos sustenta e o remédio que tomamos age sobre a nossa doença, a Eucaristia é o próprio Senhor, que vem a nós na forma de alimento e de remédio para atingir a nossa enfermidade, nosso ponto fraco.
Santo Agostinho, doutor da Igreja, nos fala: A Eucaristia é o pão de cada dia, que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia.
É o Senhor que revigora a nossa fé, para aproveitarmos toda a maravilha que é a Eucaristia. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
Nunca compreenderemos como o Senhor dá Seu corpo e sangue, na forma de pão e vinho. Será sempre um mistério da fé, mas o Senhor, sabendo disso, veio em auxílio da nossa fraqueza, da nossa incredulidade. É por isso que realizou prodígios; para que pudéssemos aceitar com mais facilidade; para que a nossa inteligência não ficasse no escuro. Por isso, Jesus andou sobre as águas, multiplicou os pães, apareceu aos apóstolos após a Sua ressurreição; tudo para que soubéssemos, que Ele tem o poder de realizar aquilo que realizou na Eucaristia.
Reze pedindo ao Senhor o revigoramento da fé:
Creio, Senhor, que Tu estás presente na Eucaristia. É o Teu corpo, o Teu sangue, a Tua alma e divindade. É o Senhor vivo e ressuscitado que me vê, me acolhe, me ama e perdoa.
Senhor, não consigo tocar-Te, nem sentir-Te, mas sei que estás presente na hóstia consagrada e isso me basta.
Obrigado, Senhor, porque creio e quero crer ainda mais. Aumenta a minha fé, para que eu usufrua de todas as graças, que a Eucaristia me oferece.
Amém.
.: Trecho do livro: Eucaristia, nosso tesouro