O pedido de cura dirigido a Jesus é, entre os cristãos, uma das mais importantes maneiras de rezar. Saber vivê-la, tal como o Espírito Santo nos ensina, é uma grande promessa de Deus, que Ele quer sempre atender…
É claro que o Senhor não nos vê como crianças mimadas, que exigem coisas de seus pais sem se preocupar com o que eles realmente desejariam lhes dar. Mas em algumas ocasiões, parece que Deus não nos concede aquilo que pedimos a Ele, o que nos deixa às vezes decepcionados. Esse tipo de reação é injusta para com a ternura de Deus e Sua misericórdia. O Pai sempre escuta nossa oração de súplica e procura nos dar aquilo que nos será melhor, para testemunharmos Jesus.
A oração é uma escola de confiança: Deus toma conta de nós e quer o melhor para nós e nosso próximo, é só aprendermos a pedir como é preciso pedir, isto é, como crianças seguras, certas do amor de seu pai.
Nosso Pai sabe aquilo de que precisamos, mesmo antes de pedirmos, como nos ensinou Jesus (Mt 6,8). Mas, se Deus já conhece nossa necessidade, por que então devemos ainda assim pedir? Por que Ele não nos concede imediatamente o favor desejado? A resposta é simples: Jesus quer nos ensinar a pedir à maneira dEle, que é a de um filho plenamente confiante no amor de seu Pai. (…)
Jesus ama consolar aqueles que sofrem. Não esqueçamos jamais, nesse meio-tempo, que o sofrimento pode ter múltiplas faces: os inevitáveis males físicos ou psíquicos, mas também as doenças espirituais, os tormentos ligados a certas forças do Mal, os padecimentos de uma criança abandonada, de um casal destruído, de uma família dividida, de uma mulher que viveu um aborto; o sofrimento ligado a um revés sentimental, a uma decepção no trabalho, à perda do sentido da própria vida ou da vocação pessoal (causas freqüentes de depressão), etc.
Todas essas intenções, e outras ainda, Jesus sabe de cor; Ele já as traz em sua compaixão, assim como quando Ele chorou por seu amigo Lázaro, que estava morto (Jô 11,35), mesmo que Ele o tenha ressuscitado alguns minutos depois.
A oração de cura solicita a fé da pessoa que reza e, se possível, a fé daquele para quem se reza (ainda que isso não seja obrigatório). É por isso que um grupo de cristãos reunido para orar deve aprender a rezar com fé, em sintonia, e não apenas cada um por si. Quando nos reunimos para rezar pelos doentes, quanto mais unidos formos na maneira de falar ao Pai, em nome de Jesus, quanto mais agirmos na fé, mais o Senhor ouvirá nossa oração para finalmente derramar sobre o grupo os rios de vida e de misericórdia.