A verdadeira liberdade começa dentro de nós, não fora. Ela não depende tanto do fato de estarmos, ou não, limitados por algemas e grades, mas é uma realidade que acontece a partir da forma como organizamos as circunstâncias e experiências dentro de nós.
Há, por exemplo, quem esteja fisicamente livre pelo fato de não estar confinado em uma cadeia, mas que, todavia, sente-se constantemente aprisionado – mesmo não estando “atrás das grades” – a muitas coisas que lhe roubam a liberdade e a espontaneidade, isso a partir de seu interior.
A liberdade interior é um longo processo de descoberta
Inúmeras são as pessoas que não conseguem ser realmente livres para realizar suas escolhas e para bem expressarem-se em seus relacionamentos. Seres humanos que não sabem exercer em plenitude a própria identidade, tornando-se dependentes da aprovação dos outros que precisarão, em tudo, impor o que elas devem ser e fazer.
É como se tais pessoas sempre falassem e tentassem se expressar, mas não conseguissem ser ouvidas nem devidamente compreendidas e interpretadas.
Muitas vezes, isso acontece porque a real identidade se encontra “sufocada” sob o peso de inúmeros entulhos e feridas emocionais, que são um fruto de complicadas experiências presentes na própria história e nas raízes do coração. Pessoas assim não são capazes de trazer à tona sua mais genuína verdade e vivem apenas para corresponder ao que os outros deles esperam e exigem. Essa é uma complexa trama emocional, que, aos poucos, esgota a pessoa e lhe rouba o contentamento e a liberdade de expressar o que verdadeiramente é.
Necessário será buscar compreender-se, olhando para a própria história de vida e para os fatos que a compõem. Assim será possível entender quais são os condicionamentos e feridas presentes em nós, que nos roubam a espontaneidade e não nos deixam progredir (sobretudo em nossos relacionamentos).
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Precisamos dar os passos para nossa liberdade, por meio da cura
A partir de tal constatação, precisaremos nos lançar com empenho e assertividade na concreta atividade de curar as raízes de nossa história, a fim de que nossas reais possibilidades e dons possam emergir.
Muitos são os talentos que descansam dentro de nós, inúmeras vezes, soterrados por mágoas, feridas e complexos. Precisaremos retirar esses impedimentos, estimulando o que há de bom em nós, para assim podermos realmente avançar rumo às realizações que a vida quer nos confiar.
Fomos feitos para superar limites e condicionamentos, além disso, para nos construirmos com liberdade e serenidade no coração. Por isso, precisaremos, cada vez mais, lutar para alcançar a devida força interior, que nos possibilitará conquistar novas metas e realizar os muitos sonhos com os quais Deus deseja nos abençoar em nossa trajetória pela vida.
Não nos acomodemos e invistamos neste lindo processo, tornando-nos “bandeirantes” dentro de nós mesmos. Empenhemo-nos para curar as raízes de nossa história e, assim, expressar o que realmente somos: trazendo à tona a genuína identidade que em nós depositou o Criador.