Antes de mais nada, para seguir os passos de Jesus em direção à cruz é preciso entender esse mistério maravilhoso que é a comunhão com Deus. É preciso saber por que esse caminho é importante e o que realmente nos espera ao final dessa experiência.
É preciso, enfim, conhecer a Deus. E a falta desse conhecimento nos dias atuais é uma das principais causas das chagas que assolam nosso mundo.
O que mudaria nas decisões tomadas pelos altos postos executivos, pelos órgãos internacionais responsáveis por tentar manter alguma ordem e dignidade na vida humana, o que seria diferente na administração da empresa em que você trabalha se Deus não existisse, se a redenção trazida por Jesus e a comunhão com Ele fossem um mero sonho, um simples delírio de milhões e milhões de pessoas?
É triste admitir, mas acho que a resposta seria: nada.
Você já deve ter ouvido aquela velha máxima que diz: se Deus não existe, tudo é permitido. E é assim que muitos vivem hoje em dia, como se Deus não existisse, como se não houvesse nenhuma lei maior a ser seguida, como se não houvesse um amor imenso sendo oferecido de graça e pela graça, ao alcance de todos, bastando um sim a esse Pai generoso.
Deus é aquele por quê? ou para quê? que todos buscamos, mais cedo ou mais tarde.
O homem sem Deus até pode ter sucesso em sua vida, ser caridoso, conquistar todas as metas que se propõe, ter uma família exemplar, ser um bom marido, uma boa esposa, um bom filho, uma boa mãe. Mas, no fundo, quando a mente fica em silêncio, quando todas as preocupações parecem ter cessado e resta apenas aquela solidão que nos faz pensar no sentido de nossa própria existência, o que diz a alma? Qual é o sentido de levantarmos da cama a cada dia e seguirmos em frente? O que restará ao final de nossa jornada? E o que nos espera depois do fim? O aniquilamento total? Uma outra vida, uma nova chance?
É nesses momentos que se torna inevitável pensar em Deus.
A alma humana clama pelo retorno à presença do Pai, da qual fomos privados pela ação do pecado.
.: Do livro: Se Deus é por nós